Anvisa discute medidas para conter novas variantes do coronavírus nesta quarta

Pesquisadores de São Paulo identificaram uma nova cepa do vírus, que é similar à mutação indiana e já está presente em pelo menos 21 cidades do interior paulista

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2021 06h30 - Atualizado em 26/05/2021 08h48
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EFE/ Antonio Lacerda Pessoas caminham no centro do Rio de Janeiro utilizando máscaras de proteção contra a Covid-19 Além da variante indiana, circulam atualmente no Brasil duas cepas de origem nacional: a P.1 e a P.2, que têm outros tipos de mutações genéticas

Uma reunião nesta quarta-feira, 26, entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os Centros de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde de todo o país pode definir um plano de ação para conter o avanço de novas variantes do coronavírus. Nesta terça, representantes da agência reguladora e do Ministério da Saúde discutiram a ampliação das medidas para impedir a circulação das novas cepas, sobretudo nos aeroportos. A ideia é que os viajantes sujeitos a quarentena sejam encaminhados a locais específicos, de acordo com a realidade de cada região. Os custos da quarentena por até 14 dias ficariam a cargo do próprio passageiro ou de empresas, em caso de viagens a trabalho. O estado de saúde desses viajantes seria monitorado constantemente. A Anvisa também vai se reunir com as companhias aéreas e concessionárias dos aeroportos para reforçar as ações já em curso. A preocupação se justifica, já que uma nova variante do coronavírus, denominada P.4, foi identificada por pesquisadores da Unesp. A cepa é similar à mutação indiana do coronavírus e já está presente em pelo menos 21 cidades do interior paulista.

O pesquisador João Pessoa Araújo alerta que a variante pode se alastrar e faz um apelo para as autoridades. “Os gestores de saúde do país têm que olhar com cuidado e fazer uma força-tarefa para aquela região para minimizar a transmissão. Fazer uma vacinação melhor, fazer uma testagem maior naquele grupo de pessoas daquela região para evitar transmissão. É foco naquilo que já se conhece, mas de uma maneira mais efetiva, focando na região para não acontecer o que aconteceu com a P1, que se disseminou muito rápido”, disse, afirmando que ainda é cedo para dizer que se as vacinas usadas no Brasil são eficazes contra a mutação. “Agora novos estudos devem ser feitos justamente para isso. Vamos unir esforços para isolar esse vírus em laboratório, cultivar esse vírus para fazer os testes de neutralização cruzada, que são os testes feitos, e acompanhar as pessoas vacinadas para verificar se elas contraem a nova variante”, completou. O achado científico já foi validado internacionalmente. Além da variante indiana, circulam atualmente no Brasil duas cepas de origem nacional: a P.1 e a P.2, que têm outros tipos de mutações genéticas.

*Com informações da repórter Letícia Santini

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