Ao lado de 17 juristas, Miguel Reale entrega pedido de impeachment contra Bolsonaro

Ex-ministro da Justiça diz que o presidente mentiu sobre as ações do governo federal para enfrentamento à pandemia; documento é baseado no relatório final da CPI da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2021 06h30 - Atualizado em 09/12/2021 06h33
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André Dusek/Estadão Conteúdo O ex-ministro da Justiça, Miguel Reale Júnior, com cara de sério e mão no queixo

O ex-ministro da Justiça Miguel Reale Jr, um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, protocolou nesta quarta-feira, 8, o pedido de afastamento do presidente Jair Bolsonaro em conjunto com outros 17 juristas. A petição é baseada nas investigações da CPI da Covid-19, encerrada em outubro. Entre as alegações estão o desrespeito ao valor da vida e da saúde, a falta de decoro do presidente ao longo da pandemia, com o que seria uma campanha contrária às medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus, e a indicação do uso da cloroquina. O jurista falou ainda que Bolsonaro mentiu.

“O presidente entrou em confronto com governadores e prefeitos e mentirosamente disse que o Supremo Tribunal Federal tinha retirado a sua capacidade, competência de tomar medidas. O STF emitiu uma nota desmentindo o presidente da República, porque caberia a ele, como chefe, como coordenador da administração, comandar a luta contra a pandemia. E nada fez”, pontuou. É competência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, a admissão ou rejeição do pedido de impeachment. Reale Jr já disse que se não houver seguimento para a denúncia, ele vai acionar a Suprema Corte. STF. O novo pedido de impeachment é mais um que se junta aos mais de 100 apresentados ao Legislativo.

*Com informações da repórter Katiuscia Sotomayor

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