Rio de Janeiro registra 20 mortos e 40 feridos em uma semana de operações da Polícia Militar

Somente nesta sexta, 15 vítimas morreram em confrontos; agentes apreenderam munições e armas, incluindo fuzis capazes de derrubar helicópteros e perfurar veículos blindados

  • Por Jovem Pan
  • 26/11/2022 09h18 - Atualizado em 26/11/2022 12h03
Reprodução/Facebook/41º Batalhão de Polícia Militar - PMERJ Farda com detalhe do logo do 41º Batalhão de Polícia Militar - PMERJ Ao menos 15 pessoas morreram em confrontos com a Polícia Militar no Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 25

A última sexta-feira, 25, foi marcada por muitas operações da Polícia Militar no Rio de Janeiro, deixando ao menos 15 mortos e vários feridos em diversas partes da região metropolitana da cidade. Seis pessoas foram mortas no Morro do Juramento, na zona norte; outras três, no Morro do Estado, em Niterói; e mais seis mortes no Complexo da Maré. Um dos mortos da Maré seria o traficante conhecido como Bigode, um dos responsáveis por chefiar o tráfico nas comunidades fluminenses. Um agente do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi ferido e socorrido para o hospital de Getúlio Vargas, bem como demais vítimas. Ele está fora de perigo. Alguns dos outros feridos não resistiram e acabaram morrendo. Em todas as operações do dia, a polícia apreendeu drogas, munição e armas, inclusive fuzis capazes de derrubar até helicópteros e perfurar veículos blindados. Ao todo, a última semana registrou ao menos 20 mortes e 40 baleados no Grande Rio. Dentre os mortos, houve dois policiais militares, um que entrou por engano em uma favela da zona oeste e outro que foi abordado próximo a uma estação de trem por bandidos.

O conflito desta sexta-feira pode ter sido iniciado após traficantes atirarem contra o batalhão da PM no complexo eh da Maré. Dezenas de policiais foram mobilizados nas operações. No Complexo da Maré também foi identificado um jovem de 24 anos entre as vítimas, ele seria Rafael Lemos, um motorista de aplicativo que, segundo a família, não possuía ligação com o tráfico. Ele deixa dois filhos. O corpo do jovem foi retirado da comunidade da Maré pelos próprios moradores, que ficaram revoltados com a situação. A população tentou diversas vezes interditar pistas da Avenida Brasil nesta sexta. Também por causa dos conflitos armados, a linha é vermelha, uma das principais vias expressas do Rio de Janeiro, teve o trânsito paralisado. Motoristas se jogaram no assoalho de seus carros ou saíram dos veículos, com medo de balas perdidas.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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