Após críticas de Bolsonaro, associações da PF ressaltam segurança das urnas

Peritos e delegados cobraram o fim dos questionamentos ao processo eleitoral após os apontamentos feitos pelo presidente ao sistema de votação

  • Por Jovem Pan
  • 20/07/2022 07h13 - Atualizado em 20/07/2022 08h40
José Cruz/Agência Brasil urna eletrônica sobre uma mesa após votação Presidente voltou a questionar as urnas eletrônicas em encontro com embaixadores

Entidades policiais e a OAB Nacional cobraram de Jair Bolsonaro (PL) o fim dos questionamentos às urnas eletrônicas, em reação às críticas feitos pelo presidente ao processo eleitoral durante reunião com embaixadores. Em um manifesto público, a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), a Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (ACPF) e a Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (Fenadepol) declararam “total confiança no sistema eleitoral brasileiro”.

O discurso do presidente contra o processo eleitoral chegou a ser retirado da plataforma YouTube. De acordo com a empresa, Bolsonaro mentiu para questionar as urnas eletrônicas também em sua live semanal do dia 29 de julho. Por isso, tudo foi retirado do ar para não ferir o sistema eleitoral brasileiro. O manifesto dos delegados, advogados e peritos reforçou que: “É importante reiterar que as urnas eletrônicas e o sistema eletrônico de votação já foram objeto de diversas perícias e apurações por parte da Polícia Federal e que nenhum indício de ilicitude foi comprovado nas análises técnicas”.

Ainda de acordo com o pronunciamento, é preciso acabar com o questionamento sobre as urnas eletrônicas no Brasil e presidente Bolsonaro precisa “mudar o discurso”. Segundo as entidades de segurança: “O recente agravamento de posições políticas contra o sistema eleitoral faz com que os representantes da sociedade atuem no apoio às iniciativas da Justiça Eleitoral para garantir a segurança do processo eleitoral”. Em nota à reportagem da, Jovem Pan News, a OAB reiterou a credibilidade e a confiança na Justiça Eleitoral e no modelo eletrônico de votação adotado pelo país.

“Desde 1996, a urna eletrônica é usada nas eleições sem que haja nenhum registro ou indício de fraude, com as votações resultando nas eleições de políticos por diversos partidos e ideologias que coexistem no país. As ministras e os ministros do TSE contam com a confiança e o apoio da OAB para seguir em sua missão de organizar e assegurar a realização das eleições”, disse o documento.

*Com informações do repórter Maicon Mendes

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