Após Câmara manter veto de Bolsonaro, Onyx diz que vê ‘menos conflito entre Executivo e Legislativo’

Medida foi dada como contrapartida ao pacote de socorro aos estados e municípios

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2020 10h19 - Atualizado em 21/08/2020 10h39
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Carolina Antunes/PR Onyx Lorenzoni Ministro lembrou que o governo tinha três pilares expressos no programa de governo, que era ser uma aliança conservadora liberal

O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, declarou que o tensionamento entre o Executivo e o Legislativo é natural e faz parte da democracia. “Somos um governo disruptivo e diferente dos últimos 40 anos. A gente sabia que ia enfrentar tudo o que estamos enfrentando. O parlamento precisou de um tempo de compreensão, mas já vejo menos conflito do que no ano passado. E isso não tem a ver com as pessoas, mas com o amadurecimento do novo cenário ao ver que o presidente e a equipe não arreda o pé”, disse em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira (21).

Na fala, Lorenzoni se referia à articulação na Câmara que permitiu que o veto de Bolsonaro em relação ao reajuste salarial de servidores públicos fosse mantido — o que foi contrário no Senado. A medida foi dada como contrapartida do governo ao pacote de socorro de R$ 60 bilhões aos estados e municípios durante a pandemia da Covid-19. O ministro ainda lembrou que o governo tinha três pilares expressos no programa de governo, que era ser uma aliança conservadora liberal. “Um governo constitucional, eficiente e fraterno. Ano passado mostramos que somos um governo democrático, dentro da lei e eficiente — e esse ano provamos, com o auxílio emergencial, que também somos fraternos. Não era uma frase solta, era um conceito verdadeiro”, disse. Hoje são, aproximadamente, 136 milhões de pessoas impactadas diretamente com o auxílio de R$ 600.

Em relação ao Renda Brasil, que deve ser aprovado para unificar e substituir os outros benefícios assistenciais, o ministro Onyx Lorenzoni disse que o governo vai se valer no expertise do auxílio emergencial para montar o programa. De acordo com ele, será uma plataforma de oportunidades em que a família será reunida através de treinamentos e conexão com demandas de emprego. “E, caso a pessoa perca o emprego em poucos meses, ela volta a receber o auxílio. Diferente de hoje que, no Bolsa Família, se a pessoa fica desempregada ela volta para a fila”, explicou Segundo Onyx, esse é um dos motivos que desestimula ao beneficiários do programa já existente a buscar um emprego CLT.

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