Após casos de intoxicação, Anvisa autoriza retomada das vendas de 934 pomadas capilares; confira quais

Venda dos produtos foi proibida em fevereiro após diversos casos serem notificados à agência de pessoas que apresentaram reações adversas graves como irritação nos olhos e cegueira temporária

  • Por Jovem Pan
  • 21/03/2023 12h59
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Freepik jovem-mulher-aplicando-produto-no-cabelo-freepik Enquanto a medida proibitiva estava em vigor, nenhum lote de pomadas para modelar e trançar cabelos podia ser comercializado e produtos não deveriam ser utilizados por consumidores e profissionais de beleza

Após uma série de casos de intoxicação, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgou uma lista de 934 pomadas de cabelo que podem ser vendidas novamente com segurança. O órgão estuda promover medidas regulatórias sobre tais produtos. A decisão de proibir a venda de todas as pomadas para trançar, modelar ou fixar fios foi adotada em fevereiro após diversos casos serem notificados à agência de pessoas que apresentaram reações adversas graves como irritação nos olhos e cegueira temporária. Laboratórios, universidade brasileiras e do exterior e autoridades sanitárias internacionais formaram uma frente para analisar as ocorrências. Em entrevista á Jovem Pan News, a diretora-adjunta da 3ª Diretoria da Anvisa, Daniela Cerqueira, falou sobre a necessidade de se chegar a uma conclusão no caso: “Se a causa do efeitos estiver relacionada a alguma substância ou alteração nessas fórmulas, a gente precisa adotar ações de fiscalização para retirar esses produtos do mercado e fazer os devidos processos de infração sanitária junto às empresas responsáveis pela comercialização desses produtos”.

“Se houver alguma substância identificada nestes produtos que precise ter uma concentração limitada nessas formulações, por exemplo, a agência pode editar medidas para que todos os novos produtos a serem regularizados na agência tenham a concentração adequada da substância. Se a causa tiver relacionada ao modo de uso, a agência pode passar a exigir que esses produtos tenham o modo de uso adequadamente descrito nas suas rotulagens. Então, a causa dessas reações graves vai ser essencial para que a gente possa adotar os próximos passos regulatórios que sejam necessários”, explicou.

A Anvisa destacou que as pomadas liberadas não registraram perigo aos usuários, mas o órgão regulador também fez o alerta de que continuará monitorando a situação. Se os resultados dos exames laboratoriais constatarem problemas, não está descartada a retirada de circulação e o rol de produtos poderá ser atualizado. “Mesmo nessa lista de produtos autorizados, ou dos produtos que permanecem sob interdição cautelar, podem ser editadas medidas de fiscalização específicas que determinem o recolhimento desses produtos. Desde que sejam produtos que tenham informações relacionadas à ocorrência de efeitos adversos graves que justifiquem a sua retirada do mercado”, destacou a Daniela Cerqueira. A recomendação aos consumidores, profissionais de salões de beleza e comerciantes é para que não usem pomadas capilares que não estejam na lista da Anvisa. Confira a lista completa AQUI.

*Com informações do repórter Daniel Lian

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