Após ‘década perdida’, Museu do Ipiranga reabre as portas no dia 7 de Setembro

Celebração do bicentenário da Independência do Brasil marca reinauguração da estrutura, que passa a ser mais interativa, inclusiva e moderna

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2022 09h27 - Atualizado em 05/09/2022 12h09
Diogo Moreira/Governo de São Paulo Museu do Ipiranga Reforma do Museu do Ipiranga teve início em 2019, após ficar fechado desde 2013

O Museu do Ipiranga, em São Paulo, será reaberto no próximo 7 de Setembro, para marcar o bicentenário da Independência do Brasil. Por graves problemas estruturais e sob ameaça de ruptura, o local foi interditado em 2013. Apenas em 2019 o processo de reparação passou a ser desenvolvido. Além das obras de recuperação, o projeto incluiu uma escavação em frente ao prédio e uma expansão de 6,8 mil metros quadrados, dobrando o tamanho do museu. O secretário estadual de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão, reforça que o investimento de R$ 235 milhões foi bancado pela Lei Nacional de Incentivo à Cultura, aporte do governo paulista e apoio privado. “O trabalho magnífico que foi feito aqui, houve um grande congraçamento de esforços entre o poder público e a iniciativa privada para que pudéssemos chegar aqui neste momento. A população está ganhando um museu de ponta, de altíssimo nível. O trabalho que foi feito de restauro, rigorosíssimo, espetacular, ampliação maravilhosa. E o museu agora tem áreas interativas, áreas imersivas, tem equipamentos multimídia, enfim, é um museu muito melhor do que era. E 100% seguro”, diz o secretário.

O quadro Independência ou Morte, do pintor paraibano Pedro Américo, encomendado em 1888, durante muitos anos foi a única peça do museu, que começou a ser construído em 1890 e ficou pronto em 1895. Na reabertura, além da incônica peça, o espaço quer garantir inclusão e acessibilidade, com linguagem de libras e braile. O vice-diretor do Museu do Ipiranga, Amâncio de Oliveira, ressalta que as obras não foram paralisadas durante a pandemia. “O rigor desse trabalho, nós tiramos daqui dois mil caminhões de terra, em frente, para construir o novo edifício. Portanto, essa convivência do prédio novo com o antigo foi muito complexo. E esse quadro não foi retirado do prédio para ser conservado porque ele é muito grande. Ele foi restaurado aqui dentro do edifício”, explica.

Para marcar a reinauguração do museu, uma programação cultural está agendada para os dias 7, 8, 9, 10 e 11 de setembro no jardim da instalação. “A partir das 17 horas, em todos os dias, será uma programação gratuita, aberta a toda a população, que vai representar a força e a diversidade da cultura brasileira. No dia 7 teremos, às 19 horas, um grande espetáculo concebido pelo Abel Gomes, que foi quem fez o espetáculo de abertura das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, com a participação de 20 grandes nomes da nossa música popular. Teremos também os bois Garantido e Caprichoso, de Parintins, o maestro João Carlos Martins, o Crioulo, a Margarete Menezes, a Fafá de Belém, a Vanessa da Mata, a Juliette, enfim, são realmente grandes nomes da nossa música que estarão celebrando com o público o bicentenário da Independência”, conta. A agenda cultural começa no dia 7 de setembro, mas o público poderá ter acesso ao interior do Museu do Ipiranga apenas a partir do dia 8 de setembro. O acesso é de graça, mas é preciso obter o convite no site do museu. No dia 7 apenas os mais de 300 funcionários que participaram das obras vão ter acesso à inauguração simbólica do Museu do Ipiranga.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos

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