Após esforços na pandemia, Brasil avança em ranking global de solidariedade
País saltou da 54ª posição para a 18ª no levantamento feito pela Charities Aid Foundation
Segundo o novo ranking global de solidariedade, em todo o mundo, 3 bilhões de pessoas ajudaram alguém que não conheciam em 2021. São cerca de 500 milhões de pessoas a mais, em relação ao período anterior à pandemia da Covid-19. O levantamento feito pela Charities Aid Foundation, colheu informações de 119 países. Pelo quinto ano consecutivo, o país mais generoso do mundo é a Indonésia, seguido pelo Quênia e pelos Estados Unidos, respectivamente. Nova Zelândia, Mianmar, Serra Leoa, Canadá, Zâmbia e Ucrânia vêm logo em seguida dentro dos dez primeiros colocados. Chama atenção o dado recorde de que 40% da população diz ter feito algum tipo de ato solidário. Pelo quarto ano consecutivo, o Brasil avançou no índice global de solidariedade e saltou da 54ª posição para a 18ª. Paula Fabiani, CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), entidade parceira na elaboração do ranking, destaca o bom desempenho dos brasileiros: “O que a gente vê é um impacto da pandemia na solidariedade, em especial das classes mais privilegiadas, que doaram mais na pandemia e continuam participando na doação de recursos”.
“Mas a gente vê também o brasileiro sendo solidário. Três em cada quatro brasileiros ajudaram um estranho segundo essa pesquisa. É um número muito expressivo e o Brasil está na 11ª colocação de ajuda a estranhos”, explicou Fabiani. O ranking mostra que mesmo com as dificuldades da pandemia a população brasileira se manteve ativa em ajudar o próximo, nem sempre com doações financeiras, mas também por meio do trabalho voluntário. Segundo o levantamento, 76% dos brasileiros ajudaram um desconhecido. Desta parcela da população, 41% fizeram doações em dinheiro e 25% participaram de atividades voluntárias. A CEO do Idis afirmou que os números comprovam um maior engajamento do brasileiro na busca de soluções para os problemas do país: “O governo não consegue enfrentar os problemas sozinho. O brasileiro está percebendo que ele tem um papel importante a desempenhar. Toda essa turbulência econômica e política, e isso acontece com outros países da América Latina também, levou a uma maior participação do brasileiro”.
*Com informações do repórter Victor Hugo Salina
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