Após provocar Doria, Bolsonaro se reúne com desafetos do governador de SP
O curto período de recesso do presidente Jair Bolsonaro no Guarujá, litoral paulista, por recomendação médica, vem traçando novos capítulos na relação conturbada entre ele e o governador de São Paulo, João Doria, apontado como possível candidato à presidência em 2022.
Após trocarem críticas durante o ano passado, nesta quinta e sexta-feira (10), Bolsonaro se reuniu com desafetos do tucano. Primeiro, em Santos, participou de agenda com o prefeito da cidade, Paulo Alexandre, que é do PSDB, mas não apoiou Doria nas eleições de 2018. Já no dia de ontem, recebeu aliados do ex-governador Márcio França, com quem Dória traçou duros embates no último pleito.
Além disso, na live semanal pelas redes sociais, Bolsonaro cutucou o chefe do Executivo paulista, que tinha dito que os portos de Santos e São Sebastião seriam privatizados neste ano.
“Lamento, mas o senhor está completamente desinformado. Com todo o respeito, quem pode falar sobre isso sou eu, e não o senhor”, afirmou.
O Ministério da Infraestrutura também desmentiu o governador João Doria, confirmando que as privatizações estão previstas para 2021. Questionado, o tucano disse que se desculpou com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e assumiu o erro.
“Houve uma incorreção da minha parte”, justificou. “Me referi que ao longo de 2020 estávamos na expectativa de privatização desses dois Portos. Mas nossa relação com o Ministério da Infraestrutura e com o ministro Tarcísio (Freitas, da Infraestrutura) é ótima”, completou.
O presidente Jair Bolsonaro só volta a Brasília na terça-feira. Na segunda, deve visitar o Porto de Santos, que segundo ele, pode ter novidades anunciadas em breve. Porém, Bolsonaro deixou um recado: quem fala sobre obras e ações federais é ele.
* Com informações do repórter Levy Guimarães
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