Arthur Lira garante que CPI do MST será instalada nesta semana

Durante encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária, governadores de quatro Estados pediram respeito à propriedade privada

  • Por Jovem Pan
  • 26/04/2023 07h19
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Pablo Valadares/Câmara dos Deputados Arthur Lira Presidente da Câmara dos Deputados deverá fazer a leitura para instalação da Comissão ainda nesta semana

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), garantiu que a CPI do MST será instalada ainda nesta semana. Em encontro da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), governadores de quatro Estados, incluindo Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Paraná, vieram até Brasília para cobrar respeito à propriedade privada para que o setor continue se desenvolvendo. Os chefes dos Executivos Estaduais foram convidados pelo presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), que reforçou a necessidade de investigar os financiadores do movimento. “Foi uma iniciativa do presidente Arthur Lira divulgar à imprensa que ele fará a leitura para instalação de CPIs: a CPI das invasões, da Americanas e dos jogos e apostas. Óbvio que a frente parlamentar estará à frente nisso. Vamos influenciar na escolha dos membros, vamos colocar nosso pessoal lá dentro. Nosso objetivo principal é conseguir descobrir da onde está saindo o financiamento e a ordem desses movimentos organizados”, afirmou o deputado.

Um levantamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária mostra que de janeiro até agora foram registradas 33 ocupações, número que supera o total de ações em cada um dos últimos 5 anos. A maioria das invasões já foi desmobilizada após negociações. O MST intensificou o número de ações neste mês de abril, reivindicando o comando de superintendências do Incra em troca do apoio na eleição do presidente Lula (PT). O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse que as últimas invasões registradas, inclusive em propriedade da Embrapa, estressou demais a relação com o governo, que já estava com um plano de reforma agrária na mesa de Lula. O plano só deverá ser analisado em maio caso o MST cumpra o acordo de descoupar áreas invadidas.

*Com informações da repórter Berenice Leite

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