Arthur Maia rebate oposição e diz não ter poder para afastar relatora da CPMI do 8 de Janeiro

Senador Izalci Lucas (PSDB-DF) pediu a saída da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) da relatoria do colegiado

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2023 07h08 - Atualizado em 20/09/2023 10h34
Geraldo Magela/Agência Senado CPMI do 8 de Janeiro CPMI do 8 de Janeiro investiga os atos ocorridos na Praça dos Três Poderes, em Brasília

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), rebateu a oposição ao governo sobre o pedido de afastamento da relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA). A solicitação foi feita nesta terça-feira, 19, pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF). No documento, o tucano relembra o que foi dito pelo deputado federal Filipe Barros (PL-PR) na sessão do último dia 12. Na ocasião, o parlamentar usou o tempo de fala para indicar uma suposta combinação de perguntas e respostas entre Eliziane e o ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) general Gonçalves Dias. Filipe Barros afirmou que houve uma troca de mensagens entre G. Dias e um outro militar, que disse ter tido contato com um assessor parlamentar de Eliziane, indicando quais seriam as perguntas e respostas que aconteceriam durante depoimento do general à comissão. Filipe Barros ainda comparou as perguntas que constam nas mensagens e as feitas pela relatora.

No ofício apresentado à CPMI do 8 de Janeiro, o senador Izalci Lucas também reproduziu esses diálogos e relembrou as questões apresentadas ao ex-chefe do GSI. “Na Justiça você não admite que o juiz combine com o depoente o diálogo. É o que aconteceu aqui. Não tem sentido você mandar para o depoente as perguntas e respostas, como se estivesse treinando o que ele iria responder. É inadmissível”, disse Izalci Lucas em entrevista à Jovem Pan News. Apesar disso, Arthur Maia disse não ter poder para afastar Eliziane Gama da relatoria. “Não tenho. Se quiser tratar esse assunto da forma que acha, deve buscar guarida no Poder Judiciário”, afirmou. No último dia 3, G. Dias admitiu que fez uma “avaliação errada” dos acontecimentos que causaram as depredações na Praça dos Três Poderes devido a informações divergentes recebidas na véspera dos atos, quando era o titular do GSI.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro.

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