Às vésperas de convenção, nome de vice de Haddad segue indefinido

Marina Silva (Rede) tinha sido defendida para o cargo de vice, mas em junho a Rede lançou o nome dela como candidata a deputada federal

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2022 08h10 - Atualizado em 21/07/2022 08h11
WERTHER SANTANA/ESTADÃO CONTEÚDO Fernando Haddad Fernando Haddad (PT) busca ser eleito para comandar o Palácio dos Bandeirantes pelos próximos quatro anos

Desde que o ex-governador Márcio França (PSB) assumiu a disputa pelo senado, Fernando Haddad (PT) tem conversado com partidos aliados para definir o nome do vice em sua chapa na disputa pelo governo de São Paulo. O PSOL teria reclamado que não se sente representado na composição da chapa. O ex-prefeito da capital paulista negou uma possível rusga entre os partidos e confirmou que o vice não será anunciado na convenção que oficializa a sua candidatura e será realizada neste sábado, 23.

“Eu não sei se haverá tempo para isso porque eu ainda não conversei com dois partidos. Tenho que saber a opinião de todos para não tomar uma decisão arbitrária e que não leve em conta todas as variáveis. Também estamos fazendo pesquisas qualitativas para verificar o perfil esperado da composição da chapa quando a decisão for tomada, o que deve acontecer nos próximos dias. Tenho conversado com a direção do PSOL, tivemos duas reuniões e tenho ouvido os companheiros. São pessoas que estão próximas da gente ao ponto da gente declarar apoio à candidatura do Boulos com dois anos de antecedência”, declarou Haddad durante um evento de apoio à sua candidatura.

A ex-ministra Marina Silva (Rede) tinha sido defendida para o cargo de vice, mas em junho a Rede Sustentabilidade lançou o nome dela como candidata a deputada federal. Questionado, Haddad se esquivou: “Se eu antecipar para cada nome apresentado as vantagens e os eventuais obstáculos, eu vou estar atropelando o processo. As consultas estão sendo feitas antes do convite, justamente para evitar qualquer tipo de questão”. Ainda durante o evento, Márcio França entregou nas mãos de Haddad o plano de governo montado por sua equipe.

O encontro contou com a presença de dirigentes dos dois partidos e de todos que contribuíram com o documento como, por exemplo, a deputada Tabata Amaral (PSB), coordenadora do plano de governo. A desistência de França à corrida pelo governo de São Paulo foi muito elogiada durante o evento. Os presentes pregaram o respeito entre PT e PSB e a união das siglas contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ex-governador Márcio França disse que é importante a união entre os partidos para evitar que Bolsonaro seja reeleito: “Se houver qualquer chance da gente ter o presidente Bolsonaro reeleito, a gente tem que fazer de todo esforço para que isso não aconteça. Eu sei que as pessoas falam que isso não vai acontecer porque estamos na frente nas pesquisas. Enfim, eu já passei por muitas que achei que ia ganhar e perdi, já passei por muitas que estava tudo certo para perder e ganhei. Essa coisa não é uma conta só matemática e ninguém ganha de véspera”.

*Com informações da repórter Nanny Cox

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