Augusto Heleno defende que atos no 7 de Setembro foram democráticos e diz que país vive ‘situação esdrúxula’
General afirmou que as manifestações ocorreram dentro da normalidade e não quis comentar as mobilizações na frente dos quartéis contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Nesta quarta-feira, 7, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, foi convocado pela Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados para falar sobre supostas ameaças à democracia nos atos do Dia da Independência do Brasil. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, participou de dois atos, um no Rio de Janeiro e outro em Brasília. Para Heleno, as manifestações ocorreram dentro da normalidade: “Felizmente, contrariando alguns prognósticos pessimistas, os fatos do dia 7 de setembro foram muito tranquilos, conduzidos de forma democrática, de forma muito controlada e absolutamente dentro dos padrões de uma manifestação que ocorre em qualquer país democrático do mundo”. O ministro também foi perguntado sobre os protestos em frente aos quartéis generais que questionam os resultados das eleições presidenciais que reconduziram Lula (PT) à presidência da República. O ministro não respondeu aos questionamentos.
“Esses assuntos não estão no motivo da convocação, então eu não vou comentar (…) Estou dentro de um contexto onde muitos não reconhecem o resultado eleitoral e estamos esperando aí a solução a algumas coisas que foram pleiteadas e foram normalmente ignoradas pelo TSE e pelo próprio STF. Estamos vivendo uma situação esdrúxula no Brasil, que não merece comentário agora porque não é o motivo da convocação”, declarou. O requerimento de convocação do ministro Augusto Heleno foi apresentado pelo deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade). A primeira convocação havia sido feita no dia 22 de novembro, mas o chefe do GSI faltou por problemas de saúde.
*Com informações da repórter Marília Sena
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