Aumento de bolsas para pesquisadores vai custar quase R$ 2,5 bilhões
Reajustes variam entre 25% e 200% e vão utilizar recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia
Nesta quinta-feira, 16, o governo federal detalhou os reajustes para as bolsas de estudos e pesquisa, que custará quase R$ 2,5 bilhões, com recursos do Ministério da Educação e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Os aumentos variam entre 25% e 200% nas bolsas de iniciação científica, graduação, pós-graduação e na bolsa permanência em todo o país. Os novos valores vão vigorar a partir de março. As bolsas de mestrado e doutorado, por exemplo, que estavam sem reajuste desde 2013, terão variação de 40%. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1,5 mil e vai para R$ 2,1 mil. No doutorado, de R$ 2,2 mil e vai para R$ 3,1 mil. Além dos reajustes nas bolsas pagas aos pesquisadores, a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, disse que, ao longo de 2023, mais de 10 mil novas bolsas serão implementadas.
Ao anunciar os reajustes em evento no Palácio do Planalto, o presidente Lula criticou mais uma vez o mercado financeiro que, segundo ele, vê os recursos usados nas áreas da saúde e da educação como gasto e não como investimento. “A única coisa que não incomoda ninguém do lado do sistema financeiro, do lado dos ricos, é o pagamento da taxa de juros, isso é a única coisa que eles acham que é investimento”, criticou o presidente. Lula ainda fez cobrança sobre a atual situação da merenda escolar. O ministro da Educação, Camilo Santana, prometeu que o governo federal vai lançar um programa voltado à essa questão. “Nós já fizemos todo o estudo para alimentação escolar e, em breve, o presidente deverá, logo após o Carnaval, anunciar também o reforço dessa política tão importante para garantir alimentação escolar de qualidade”, disse.
*Com informações da repórter Paula Lobão
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