Aumento de roubos em regiões centrais assusta paulistanos

Índices estão afetando principalmente os bairros de Campos Elísios, Consolação, Itaim Bibi e Pinheiros

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2022 13h04 - Atualizado em 10/05/2022 13h05
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Rovena Rosa/Agência Brasil Campos Elísios Comunidade do Moinho e prédios recém construídos em Campos Elísios, região central de São Paulo

Os roubos cresceram mais nas áreas centrais e bairros nobres da capital paulista no primeiro semestre. Os índices estão afetando principalmente os bairros de Campos Elísios, Consolação, Itaim Bibi e Pinheiros. No primeiro bairro, a delegacia líder em roubos da cidade já registrou 1.865 no primeiro semestre de 2022. No mesmo período de 2021, o total de crimes do tipo foi de 818. O vendedor Vanderlei foi uma das vítimas nos últimos dias. “Há cerca de 25 dias, perdi um celular que me custou R$ 4 mil. De manhã, saindo do trabalho, que eu trabalho à noite, desci, ao atravessar, passou um desses motoqueiros e me levou o celular”, relata. Com a criminalidade solta, sobe o medo da população.

Presidente do Conselho de Segurança dos bairros Santa Cecília e Campos Elísios, Marco Antônio De Marco explica o que fez aumentar os números de roubos nessa região. “Durante a pandemia ficou pior, com o desemprego, são mais de 14 milhões de desempregados. Se você analisar o desemprego mais a pandemia, realmente complicou muito. Houve essa mudança, claro que todos sabem disso, da Cracolândia, saiu da Julio Prestes e foi para a praça Santa Isabel e isso ocasionou um pouco mais de demandas de furtos, de assaltos”, diz.

No bairro da Consolação, por exemplo, durante todo o primeiro semestre de 2022 já foram 662 roubos, no mesmo período do ano passado foram 312. No bairro de Pinheiros, foram registrados 801 roubos em 2022. No Itaim Bibi o total foi de 541. Marco Antônio De Marco diz acreditar que as ações para coibir os assaltos feitos por falsos entregadores podem melhorar a segurança da população. “A gente acredita e torce e reza para que isso aconteça, porque realmente está muito complicado. E eu não estou vendo uma melhora de imediato. Estamos em ano de eleições. Vai melhorar. Eu estou vendo um pouco mais de polícia, sim, mas precisamos de mais”, opina.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha

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