‘Aumentos das distribuidoras para os postos são superiores aos anunciados pela Petrobras’, denuncia diretor da Abrilivre

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o representante Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes analisou a subida do preço do diesel e gasolina

  • Por Jovem Pan
  • 16/08/2023 08h54 - Atualizado em 16/08/2023 09h24
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Reprodução/Jovem Pan News rodrigo-zingales-aumento-petrobras-entrevista-jornal-da-manha-jovem-pan-news Diretor-executivo da Abrilivre denunciou abuso no preço praticado pelas distribuidoras de combustíveis

A partir desta quarta-feira, 16, a Petrobras aumenta em R$ 0,41 por litro o seu preço médio de venda de gasolina A para as distribuidoras, que passará a ser de R$ 2,93 por litro. O aumento é de cerca de 16%. Para comentar este aumento e a política de preços da estatal, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o diretor-executivo da Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes (Abrilivre), Rodrigo Zingales, que denuncia que os preços praticados pelas distribuidoras na revenda aos postos de gasolina são maiores do que o aumento da Petrobras: “As distribuidoras já vinham aumentando seus preços aos postos sob o argumento de que havia uma certa escassez de oferta por parte da Petrobras e de outros fornecedores de gasolina e diesel. A gente tem notícias de postos que já receberam desde a semana passada aumentos da ordem de 10 a 20 centavos por litro (…) o posto pagando mais caro, infelizmente, ele vai ter que repassar esse aumento de custos para os consumidores”.

“Esses aumentos das distribuidoras para os postos são muito superiores àqueles aumentos anunciados pela Petrobras”, afirma. O especialista explica que, apesar da gasolina C, que é a destinada aos consumidores, ter na sua formulação cerca de 73% de gasolina A, o aumento tem sido repassado integralmente: “Deveria ser só de 73% e não de 100%, como a gente tem visto aí no mercado a partir das informações recebidas”. O diretor da Abrilivre faz um apelo para que as distribuidoras tenham os mesmos parâmetros de transparência nos preços do que a Petrobras: “A Petrobras é obrigada a ter transparência nas suas políticas de preços, ela divulga no seu site os seus preços. Os postos também têm que ter transparência para mostrar para o consumidor quanto está vendendo. Só que as distribuidoras não têm essa mesma obrigação de transparência”.

Desta forma, segundo Zingales, as autoridades poderiam fiscalizar de forma mais efetiva potenciais abusos nos aumentos de preço. Para o diesel A, a estatal aumentará em R$ 0,78 por litro o seu preço médio de venda, que passará a ser de R$ 3,80 por litro, reajuste da ordem de 26%. O representante do setor alerta para potenciais danos na economia com o aumento da gasolina e do diesel: “A gente acredita que o etanol anidro também vai aumentar a partir de hoje, ou seja, esse aumento da Petrobras vai gerar um efeito cascata de aumento em toda a cadeia e aí consequentemente, aumentando o combustível, também devem aumentar outros produtos essenciais e gerar inflação”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

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