‘Ausência de reforma tributária tem causado males para o Brasil’, diz presidente do Ciesp

Rafael Cervone defendeu urgência na simplificação da tributação e afirmou que o Brasil precisa de ‘soluções definitivas’

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2023 09h12 - Atualizado em 22/05/2023 11h33
Reprodução/Jovem Pan News Presiente da Ciesp Rafael Cervone Rafael Cervone também classificou as taxas de juros do Brasil como 'insanas'

O presidente do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (CIESP), Rafael Cervone, avalia que o Brasil não pode resolver os problemas na “base dos puxadinhos”. Defensor da reforma tributária, Cervone também classifica como urgente a simplificação dos impostos no país. “O Brasil se acostumou a tentar resolver seus problemas através de puxadinhos, medidas que são temporárias, provisórias. Isso causa ainda mais problemas para o Brasil. Precisamos de soluções de longo prazo, definitivas. Brigamos por um projeto de país e não de governos. A reforma tributária é isso. Estamos há décadas discutindo uma reforma tributária que, a falta dela, tem causado muitos males para o Brasil”, diz Cervone, que continua: “Hoje uma indústria de São Paulo concorre, de maneira desleal, com outras empresas industriais que estão em outros Estados com benefícios muito significativos que mudam a competitividade e a lucratividade das empresas a ponto de, nas últimas décadas, termos um abandono de empresas do Estado de São Paulo migrando para outras regiões do país, da América Latina ou do Mundo”.

Cervone também disse ser favorável à redução dos juros no Brasil, classificando as taxas como insanas. “Nós não podemos dar mais a nove iluminados, que há cada tanto tempo se reúnem, para discutir um assunto em que eles nem querem debater o tema. Não é possível uma taxa de juros real a 8%, o Brasil é o único país que tem juros reais à 8%. Essa taxa Selic 13,75% é uma insanidade. Nós fizemos um grupo de trabalho com a Fiesp e a Febraban e estamos desde o ano passado debatendo profundamente o tema e não vimos nenhuma justificativa que motive uma taxa de juros à 13,75%”, explica o presidente do CIESP. Cervone disse temer ainda que a economia mundial entre em recesso ainda neste ano.

*Com informações do repórter e apresentador Thiago Uberreich

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