Bia Kicis: Civilização ocidental está em risco e os conservadores precisam se unir

Parlamentar tenta criar frente para discutir pautas pró-vida, anti-drogas e contra a ideologia de gênero

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2020 08h55 - Atualizado em 02/11/2020 11h02
Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Bia kicis com máscara cor de exército Para a deputada federal Bia Kicis, a frente conservadora não tem nada a ver com retrocessos -- mas com a segurança jurídica

A deputada federal Bia Kicis (PSL-SP) é uma das parlamentas que tenta construir uma frente conservadora no Congresso Nacional na tentativa de destravar pautas de costume. De acordo com ela, todos os assuntos são importantes porque o progressismo avança no mundo com muita agressividade aos valores judaicos-cristãos. “Olha o que está acontecendo nas igrejas católicas. A cristofobia denunciada por Bolsonaro na ONU e que muitos riram. Isso não é coisa de maluco, é coisa de quem enxerga o rumo para onde o mundo está caminhando”, disse. “Para ter paz é preciso que valores conservadores sejam respeitados.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Bia Kicis deu alguns exemplos dessas pautas: pró-vida, anti-drogas e contra a ideologia de gênero. “Isso é o básico. Muitas pautas vão impedir que nossas crianças sejam assediadas moralmente nas escolas. A gente manda o filho para escola e pensa que ele está seguro. Lá ele aprende que menino não nasce menino, que menina não nasce menina. A civilização ocidental está em risco e se os conservadores não se unirem, seremos tratorados”, defendeu a parlamentar.

Segundo ela, o Código Penal coloca limites válidos e justos — e que não se deve mexer no que está previsto nele. “Se for para ter mudança, tem que ser no parlamento. Mas não se respeitam os limites dos Poderes quando você tem um ativismo judicial que coloca em risco a autoridade do parlamento e a vontade do povo.” Para Bia Kicis, a frente conservadora não tem nada a ver com retrocessos — mas com a segurança jurídica. “O caso da ideologia de gênero é seríssimo. Eu proponho PL, relato, convivo com outras parlamentares que tem projetos para barrar ativismos. Uma das formas é criminalizar essa invasão de competência do outro Poder. O problema é o temor que muitos parlamentares tem no Supremo. É necessário impor limites, mas você escuta que não pode e que é perigoso. O STF é, sim, o último que fala quando ele cumpre a Constituição. Eu não respeito o STF quando ele não respeita o parlamento”, finalizou.

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