BNDES anuncia R$ 20 bilhões em nova linha de crédito para inovação

Durante evento em São Paulo, Aloizio Mercadante falou sobre novidades para a exportação e ressaltou a importância do papel do agro

  • Por Jovem Pan
  • 26/05/2023 08h08
CARLOS ELIAS JUNIOR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Aloizio Mercadante Declarações foram dadas durante evento na Fiesp em celebração ao Dia da Indústria nesta quinta-feira, 25

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou novas linhas de crédito para a indústria, uma relacionada à disponibilização de R$ 2 bilhões para empresas de exportação, com redução de 61% do spread . A outra linha, também voltada para exportação, será no mesmo formato que já ocorre para o setor agrícola, com montante de R$ 2 bilhões. Mercadante anunciou ainda que o BNDES deverá liberar crédito de R$ 20 bilhões para inovação do setor ao longo dos próximos quatro anos. “Como é que um país vai fazer nesse mundo que nós estamos enfrentando de inovação com uma taxa de juros de TLP. Não existe inovação. Nós aprovamos ontem R$ 20 bilhões do BNDES nos próximos anos para inovação com taxa de 1,7% ao ano. Podem ir para o BNDES aqueles que quiserem fazer inovação, porque vai ter dinheiro, juros baratos e nós vamos retomar esse processo”, disse Mercadante. O presidente do BNDES destacou a relação com o agronegócio e os incentivos promovidos pelo banco recentemente. “O agro é o grande gerador de superávit no Brasil, é verdade. Mas precisamos de um agro que não desmate, que esteja descarbonizado, tem uma parte da agricultura predatória que precisamos combater. Mas a maioria esmagadora da produção agrícola brasileira é moderna, eficiente, competitiva e nós estamos ajudando”, concluiu Mercadante.

As declarações foram dadas durante evento na Fiesp em celebração ao Dia da Indústria. Mercadante disse também que o país precisa se reindustrializar para se desenvolver através de políticas inovadoras, e que inclusive que está sendo criado um conselho para debater o tema. Após a abertura do evento, Mercadante falou com jornalistas e criticou a taxa de juros. “Todas as nossas outras linhas serão favorecidas pela taxa Selic. Estão todas, de alguma forma, indexadas à política do Banco Central.[…] Você tem alguns preços chaves na economia que são o que movem a economia. É o caso da taxa de câmbio, que hoje é competitiva, a taxa de juros, que hoje é a maior do mundo”, disse Mercandante, que destacou a necessidade e preservação ambiental como mecanismo para atrair investimentos, além de frisar a importância da votação da reforma tributária.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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