BNDES lança edital de R$ 100 milhões para compra de créditos de carbono

Mercado deve movimentar US$ 100 bilhões até 2030, gerando de US$ 10 bi a US$ 20 bi para o Brasil, afirma o diretor do banco

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2022 09h24 - Atualizado em 31/08/2022 11h46
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Arquivo/Agência Brasil Banco de fomento econômico registrou alta de 17% na comparação com resultados de 2019 Iniciativa é tomada pelo BNDES pela segunda vez; a primeira era de R$ 10 milhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou um edital para a compra de até R$ 100 milhões em créditos de carbono. É a segunda iniciativa do banco nesse sentido. O objetivo é estimular um mercado robusto de carbono no Brasil. O resultado da chamada pública deve ser divulgada no mês de novembro de 2022. Com essa iniciativa, o BNDES pretende apoiar o desenvolvimento de um mercado para comercialização desses títulos, além de chancelar padrões de qualidade para condução de projetos de descarbonização da economia. Nessa segunda chamada pública, o banco vai considerar elegível projetos com foco em reflorestamento, redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, além de energia e agricultura sustentável. A instituição divulgou em maio deste ano o resultado da primeira chamada pública para aquisição de créditos de carbono, na qual foram selecionados cinco projetos de conservação e de energia dos mais diversos segmentos. A primeira chamada foi de R$ 10 milhões.

O diretor do BNDES, Bruno Aranha, disse à Jovem Pan que o Brasil tem um enorme potencial para ser um grande gerador global de créditos de carbono, créditos que devem ser comprados por empresas com base em países poluidores. Segundo ele, esse mercado deve movimentar até 2030 algo como US$ 100 bilhões. “Esse movimento é muito importante para a consolidação do mercado de carbono no Brasil, que pode significar para o país entre US$ 10 e US$ 20 bilhões, trazendo, então, geração de emprego, de renda e preservação do nosso meio ambiente”, afirmou Aranha. A gestão do BNDES no atual governo tem focado na destinação de recursos prioritariamente para micro, pequenas e médias empresas, projetos sustentáveis, com menor pegada de carbono e com impacto social mais relevante.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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