BNDES tem lucro de R$ 9,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano

Número representa um crescimento de quase 80% em relação ao mesmo período de 2020

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2021 06h51 - Atualizado em 14/05/2021 15h23
Arquivo/Agência Brasil Banco de fomento econômico registrou alta de 17% na comparação com resultados de 2019 No primeiro trimestre, a receita do BNDES com participações e alienações chegou a quase R$ 12 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve lucro líquido de R$ 9,8 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de quase 80% em relação ao mesmo período de 2020. O lucro recorrente, por sua vez, foi de R$ 2,4 bilhões. O resultado positivo foi ancorado por intermediação financeira, retorno de empréstimos feitos e, principalmente, pela venda de ativos. Ou seja, a venda de participação acionária que o banco possui em outras empresas. Neste primeiro trimestre, o destaque veio de ações de empresas como Vale e Klabin. Além disso, o banco conseguiu alferir R$ 1 bilhão com equivalente patrimonial da empresa JBS. Apesar do lucro robusto e substancial, o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, não está muito satisfeito com esse perfil de resultado do banco. Ele quer uma instituição realmente de fomento, ajudando cada vez mais micro e pequenas empresas no desenvolvimento social e também na sustentabilidade do meio ambiente.

Por isso, o BNDES vai continuar vendendo suas participações acionários ao longo dos próximos meses. “70% do lucro do BNDES neste semestre não tem qualquer rqualquer adicionalidade socioambiental. É um lucro de especulação financeira na Bolsa de Valores. É sempre importante lembrar que para fazer lucro especulativo requer alocação de risco. Afinal, não tem almoço grátis no mercado”, disse. No primeiro trimestre, a receita do BNDES com participações e alienações chegou a quase R$ 12 bilhões. Entre janeiro e março, os empréstimos, chamados desembolsos do banco de fomento, cresceram 35% em relação ao mesmo período do ano passado, com total de R$ 11,3 bilhões, sendo que 46% desse montante foi destinado à micro, pequenas e médias empresas e 49% foram para companhias do setor de infraestrutura.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

 

 

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