Bolsonaro critica Barroso e diz que Brasil terá voto impresso se Congresso aprovar

Presidente defende que a mudança do sistema eleitoral já seja válida para as eleições de 2022; no entanto, o presidente do TSE classifica a alteração como um ‘retrocesso’

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2021 11h16
EFE/ Joédson Alves/Archivo Homem de cabelo grisalho trajando terno e gravata pretos falando em microfone diante de uma bandeira do Brasil Jair Bolsonaro insiste na mudança para garantir a possibilidade de fazer uma auditoria das eleições

O presidente Jair Bolsonaro voltou defender nesta quinta-feira, 10, a necessidade da implementação do voto impresso no Brasil. Ele tem insistido na necessidade da mudança para garantir a possibilidade de fazer uma auditoria em caso de dúvida. O mandatário ironizou o discurso que a “democracia não tem preço”, mas que o alto custo é sempre colocado como empecilho para a impressão do voto. Bolsonaro também voltou a criticar, inclusive, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que classifica a possibilidade como um retrocesso. “Ministro Barroso, dono da verdade, vi uma coisa importante ele falar hoje, eu ouvi. ‘Se o Congresso aprovar que seria uma promulgação de uma PEC e não for judicializado, nós vamos cumprir’. Que negócio é esse, de se for judicializado. Que negócio é esse de se for judicializado, ministro Barroso?”, questionou o presidente. Ele afirmou que se os deputados e senadores aprovarem o voto impresso, não será um questionamento do STF que vai barrar a medida.

“Se o Congresso promulgar a PEC do voto auditável impresso, teremos eleições com voto impresso em 2022 e ponto final. Não se discute mais esse assunto. Não tem que ninguém dar palpite. Temos representação do parlamento brasileiro, vamos respeitar o Congresso Nacional. Não fica com filigranas, dando uma de uma pessoa que sabe tudo. Não sabe nada”, afirmou Bolsonaro, que também criticou a proposta de Barroso de voto pelo celular. O presidente afirmou que o ministro não conhece a realidade do país ao apresentar a proposta, que abriria possibilidade para fraudes. A proposta do presidente do TSE é que o voto aconteça por um aplicativo, mas o eleitor teria que ir a uma sessão eleitoral. A diferença que ele não utilizaria a urna eletrônica, mas um aplicativo no celular.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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