Bolsonaro, Johnson, Fernandez: Líderes se manifestam sobre ataque ao Capitólio

Maioria dos representantes condenou invasão ao Congresso americano; presidente brasileiro voltou a falar de fraude em 2018

  • Por Jovem Pan
  • 07/01/2021 07h58
EFE/EPA/JIM LO SCALZO pessoa levantndo bandeira dos eua o Brasil, o presidente Jair Bolsonaro reforçou que continua ao lado de Donald Trump

As imagens de violência por manifestantes no Congresso dos Estados Unidos provocaram reações distintas pelo mundo. Antigo aliado do presidente americano Donald Trump, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson classificou, nas redes sociais, as cenas como vergonhosas. Segundo ele, os Estados Unidos são os defensores da democracia em todo o mundo e agora é vital que a transferência do poder seja feita de forma pacifica e ordeira.

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, afirmou que os votos dos cidadão devem ser respeitados. O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, considerou as cenas como chocantes. Já o presidente da Argentina, Alberto Fernandez, manifestou repúdio aos graves atos de violência e o atropelo ao legislativo. O governo da Venezuela publicou nota dizendo que condena a polarização política e a espiral de violência que reflete a profunda crise que atualmente atravessa o sistema politico e social dos EUA.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro reforçou que continua ao lado de Donald Trump e reiterou o discurso de que houve fraude nas eleições de 2018. “Muita denúncia de fraude. A minha foi fraudada. Eu tenho indícios de fraude na minha eleição, era para ter ganho no primeiro turno. Ninguém reclamou que foi votar no 13 e a maquina não respondia. O contrário, quem ia votar 17, ou não funcionava ou aparecia o 13”, alegou sem mostrar provas.

Em nota, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que as cenas, uma tentativa clara de insurreição e de desprezo ao resultado das eleições por parte de um grupo, são inaceitáveis em qualquer democracia e merece um repúdio e a desaprovação de todos os líderes com espirito público e responsabilidade. Pelo Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, publicou que a invasão do Congresso norte-americano por extremistas representa um ato de desespero de uma corrente antidemocrática que perdeu as eleições.

O deputado Baleia Rossi, candidato à Presidência da Câmara, disse que a democracia não se faz na violência — mas no debate de ideias, no respeito às diferenças, à vontade do povo e à Constituição. Já o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, classificou o ato como uma ameaça à democracia. Para ele, apoiadores do fascismo mostraram sua verdadeira face antidemocrática e truculenta.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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