Brasil precisa de superávits primários de 2,4% ao ano para conter dívida pública

Projeções da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado indicam que, em 2033, a dívida bruta poderá ultrapassar 100% do PIB

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2024 14h43 - Atualizado em 20/12/2024 14h46
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Pixabay Cédulas de real espalhadas Dívida bruta do governo deve encerrar 2024 em 78,3% do PIB

O relatório de dezembro da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado trouxe à tona a necessidade premente de o Brasil alcançar superávits primários de 2,4% ao ano. Essa meta é crucial para estabilizar a dívida pública do país. Caso contrário, as projeções indicam que, em 2033, a dívida bruta poderá ultrapassar 100% do PIB (Produto Interno Bruto). A IFI alertou que, se as condições atuais persistirem, a dívida bruta do governo deve encerrar 2024 em 78,3% do PIB, com uma possível elevação para 86,3% até o final do governo Lula. A situação se agrava ainda mais nas previsões para 2034, quando a dívida pode atingir 116,3% do PIB.

O relatório também delineia um cenário econômico com um crescimento do PIB de 2,2% e uma taxa de juros real de 5% a médio prazo. No entanto, a IFI expressa preocupação com as receitas previstas pelo governo para 2025, que estão superestimadas em cerca de R$ 72 bilhões. As despesas primárias, por outro lado, devem se manter entre 19% e 19,5% do PIB até 2034. Marcos Pestana, diretor executivo da IFI, destacou que as projeções atuais refletem uma deterioração das expectativas dos investidores em relação à solidez fiscal do país.

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Apesar das preocupações levantadas, o relatório não deixa de reconhecer avanços significativos, como a reforma tributária e o acordo entre o Mercosul e a União Europeia. Esses desenvolvimentos são considerados passos positivos rumo a uma maior estabilidade econômica. No entanto, a IFI ressalta que a necessidade de ajustes fiscais continua sendo crítica para evitar um cenário de endividamento insustentável.

*Com informações de Aline Becketty

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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