Brasil vai chegar em dezembro mais pobre, avalia presidente da Comissão que fiscaliza gastos da pandemia

Confúcio alertou que a disponibilidade de recursos é alta e que o ideal seria usar a verba para testagens

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2020 10h01 - Atualizado em 10/08/2020 10h02
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Paulo Carneiro/Estadão Conteúdo São Paulo De acordo com Confúcio, o Tribunal de Contas da União, em parceria com a Comissão, apontou inconformidades em alguns dos gastos

O senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da Comissão Mista no Congresso destinada a acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas a Covid-19, afirmou que o gasto do governo federal com a pandemia é irreal. De acordo com ele, as contas somavam R$ 509 bilhões com 56% gastados até o dia 27 de julho  — mas a estimativa, feita pelo secretário da Fazenda Waldery Rodrigues, é que chegue em R$ 805 bilhões. Já o Instituto Fiscal Independente do Senado já fala em R$ 1 trilhão. “Os números são divergentes, mas são crescentes. A certeza é que o Brasil vai chegar em dezembro mais pobre.”

De acordo com Confúcio, o Tribunal de Contas da União, em parceria com a Comissão, apontou inconformidades em alguns dos gastos — principalmente na execução de alguns discursos. Para o senador, alguns governadores atordoados com a pandemia fizeram uso super dimensionado para Hospitais de Campanha. Apesar dos índices ainda não serem certos, Confúcio acredita que “deu para ver que tantos leitos não eram necessário”. “Fizeram na emergência, na emoção”, relatou.

O presidente da Comissão Mista no Congresso alertou que a disponibilidade de recursos ainda é alta e que o ideal seria usar essa verba para testagens em massa. “O que pode acontecer agora é o ministro interino, em concordância com governadores e prefeitos, fazer uma testagem maior. Só assim para abaixar a curva estacionada. O uso das máscaras, lavagem das mãos e o isolamento social relativo funcionam, mas a última estratégia é implantar eficientemente a testagem.”

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