Câmara aprovará MP da Eletrobras em menos de 120 dias, diz Elmar Nascimento

Relator afirmou que trabalhará para que a medida seja aprovada no mesmo dia nas duas casas legislativas; para ele, a aprovação da reforma tributária foi uma prova de que o plenário é ‘reformista’

  • Por Jovem Pan
  • 03/03/2021 09h04
Maryanna Oliveira/Câmara dos Deputados Deputado Elmar Nascimento em sessão no plenário da Câmara O deputado Elmar Nascimento foi designado relator da MP da Eletrobras

O deputado federal Elmar Nascimento (DEM-BA), relator da medida provisória da Eletrobras, assegurou que o texto será aprovado com celeridade. Encaminhada pelo presidente Jair Bolsonaro, a MP precisa ser analisada em 120 dias. O processo de privatização foi iniciado no governo Michel Temer, mas não foi para frente durante a gestão do emedebista. O deputado defende que a situação agora é diferente e que a medida deve ser aprovada em tempo abreviado. “Diferentemente do presidente Michel Temer, que foi eleito compondo uma chapa da ex-presidente Dilma, que não defendia esse tema, o presidente Jair Bolsonaro foi eleito sob defesa de bandeiras liberais”, explica Nascimento. Eu não acredito que é o Congresso que está segurando as privatizações. Eu acho que minha própria designação é um sinal bastante forte do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que pretende investir bastante na retomada do crescimento econômico acelerado. O governo, nesse propósito, já demonstrou que pretende votar rapidamente a reforma administrativa e que, ainda esse ano, pretende votar a reforma tributária.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã desta quarta-feira, 3. o parlamentar afirmou que a aprovação da reforma da previdência foi uma prova de que a Câmara é uma Câmara reformista. Por isso, Nascimento acredita que a MP terá apoio na Casa. “É claro que tem algumas alas da esquerda ideológica que tem representação na sociedade, que foram eleitos para fazer oposição, para fiscalizar e nós respeitamos. Eu tenho convicção de que é um tema que não tem como construir consenso”, diz o deputado. Apesar de ter consciência da impossibilidade de um consenso, o parlamentar prometeu estudar o tema sem nenhum tipo de preconceito, com a ideia em mente de que é apenas um coordenador dos trabalhos do que chamou de “pensamento médio” da maioria do Congresso. Segundo ele, mais de 500 contribuições foram ofertadas via emenda por deputados e senadores. O próximo passo é ouvir o setor e o próprio governo para ajustar o projeto e oferecer o que há de melhor para que a MP tenha uma aprovação célere tanto na Câmara quanto no Senado. A ideia do deputado é que a medida seja votada no mesmo dia tanto nas duas Casas. “Tentando preservar esse grande patrimônio brasileiro, mas estou aberto a receber investimentos pensando em investimentos do futuro para evitar que mais para frente a gente possa ouvir falar em apagão.

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