Câmara ganhou reforços importantes como Nikolas e Salles e pode passar ‘rolo compressor’ na segurança, diz Capitão Derrite

Expectativa do parlamentar é de um endurecimento da política penitenciária, com o fim da progressão de regime e do auxílio reclusão, em uma eventual reeleição de Jair Bolsonaro (PL)

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2022 10h36
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Cleia Viana/Câmara dos Deputados Homem de terno e gravata falando em microfone Capitão Derrite (PL) foi reeleito deputado federal nas eleições de 2022

A nova composição da Câmara dos Deputados e do Senado Federal deve redefinir a divisão de forças no Congresso Nacional para o ano de 2023. Para falar sobre essa configuração e como fica a relação entre as diferentes bancadas do parlamento, o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, entrevistou o deputado reeleito Capitão Derrite (PL). O parlamentar exaltou o movimento de renovação, com nomes inéditos que assumiram mandatos , principalmente na ala à direita do parlamento: “Fiquei muito feliz com boa parte da renovação do Congresso, não só a renovação, mas o aumento de deputados conservadores. A representatividade dos valores conservadores acabou aumentando nessa legislatura, com nomes e reforços importantes, como o Nikolas Ferreira, como o Ricardo Salles. Estamos muito otimistas, mas só vai ser concretizada a nossa vitória com a reeleição do presidente Bolsonaro. Aí sim, tendo maioria na Câmara, tendo um presidente da Câmara que já está alinhado. Diferente do início do governo Bolsonaro, que tinha lá o Rodrigo Maia, infelizmente criando inúmeras barreiras para as pautas do governo”.

De acordo com Derrite, a expectativa é de que pautas de endurecimento da política de Segurança Pública devem ser aprovadas com facilidade em uma eventual reeleição do atual governo: “Como eu disse para o presidente Bolsonaro: ‘Vamos vencer a eleição. Passando a eleição, com essa bancada, nós temos que passar o rolo compressor’. Falei de maneira informal com ele de acabar com visita íntima, acabar com progressão de regime, auxílio reclusão, entre outros benefícios que só no Brasil os criminosos possuem”. A respeito da disputa pelo governo de São Paulo neste 2º turno, o deputado declarou que aposta na transferência de votos do PSDB para o candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) apoiado por Jair Bolsonaro (PL): “No Brasil, tem muito voto daquele prefeito, que lá no município pequeno ele acaba indicando. E muitos prefeitos, principalmente em São Paulo, que são ligados ao PSDB, acabaram não fazendo campanha para o presidente Bolsonaro”.

“Eu e outros deputados estamos nos mobilizando para fazer um grande evento em São Paulo e juntar quem sabe mais de 100 prefeitos que não se posicionaram no 1º turno, para fazer com que esses prefeitos levem o recado lá para a suas bases. Às vezes uma cidade de 4 ou 5 mil habitantes, ou outras um pouco maiores, até cidades grandes que o prefeito tinha um vínculo com o PSDB e não podia se posicionar, se não sofreria pressão. Agora, com Rodrigo Garcia se posicionando favorável, a ideia é juntar os prefeitos que não se posicionaram e reverter esse jogo trazendo muito mais votos para o presidente Bolsonaro. Essa é a estratégia que vamos adotar e provavelmente vai ser otimista e traduzir votos para o presidente Bolsonaro”, detalhou o parlamentar.

Na possibilidade e uma eventual vitória do ex-presidente Lula (PT), Derrite defendeu que a bancada apoiadora do atual governo faça uma oposição combativa e tome à frente da política nacional: “Não tem como a gente fazer uma oposição responsável a um criminoso. Mais do que nunca, se essa tragédia acontecer, do Lula vencer as eleições, coisa que eu não acredito, a Câmara e o Senado têm que assumir o papel de liderança do país e destaque, inclusive propondo medidas importantes e esperando pouco ou quase nada do Poder Executivo, no sentido de algo próspero para o nosso país. A pauta principal que teve destaque grande no governo Bolsonaro é a pauta econômica, graças ao trabalho do ministro Paulo Guedes, de medidas importantes tomadas na pandemia e coisas que foram viabilizadas, em parte pelo Congresso Nacional, como o caso da autonomia do Banco Central. São coisas que o PT e a esquerda pregam justamente o contrário. Não espero, sinceramente, nada de bom que venha de um eventual governo da esquerda. Se isso acontecer, o Congresso Nacional tem que assumir o protagonismo político no país, não esperando nada que venha do Poder Executivo Federal no sentido de ajudar a população”.

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