Campanha alerta para risco de doenças causadas pela ansiedade

A iniciativa ‘Janeiro Branco’ destaca para importância da saúde mental

  • Por Jovem Pan
  • 12/01/2021 10h43 - Atualizado em 12/01/2021 10h56
Engin Akyurt/Pixabay Segundo pesquisa da UERJ, desde março de 2020, o número de pessoas diagnosticadas com depressão saltou de 4,2% para 8%

Em tempos de pandemia, a saúde emocional acaba saindo do ritmo. São muitas as preocupações, não apenas com o novo coronavírus, mas também com desemprego e a saudade dos familiares. A solidão causada pela distância pode ser perigosa, como explica o psiquiatra Luiz Dieckmann. “O estresse e a ansiedade acabam sendo aqueles mais fáceis de identificar mas, muitas vezes, temos problemas clínicos que vêm junto com alteração de pressão, aumento no risco de diabetes, aumento nos quadros de demenciais. Não que ela [depressão] cause, mas ela contribui para isso”, explica.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a depressão é uma doença que atinge quase 5% da população mundial. O brasil é considerado o país com mais pessoas ansiosas no mundo, com percentual de 9,3%. Em março do ano passado, a Associação Brasileira de Psiquiatria avisou que a pandemia seria a causa de muitas doenças relacionadas a mente, o que, de fato, aconteceu. De acordo com pesquisa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, em março de 2020, o número de pessoas diagnosticadas com depressão saltou de 4,2% para 8%, enquanto o de pessoas com estresse agudo foi de 6,9% para 10,3%.

Pensando nisso, a campanha “Janeiro Branco” alerta para a necessidade de cuidar da saúde mental. O psicólogo Leonardo Abrahão, idealizador da campanha, ressalta a fala da importância do projeto para a humanidade. “A campanha janeiro branco é decida a construção da saúde mental na humanidade. A gente precisa começar a sensibilizar todo mundo das múltiplas importâncias da saúde mental nas nossas vidas. O mundo poderia ser mais pacífico se todo mundo entendesse o que é saúde mental e investisse em mais saúde mental”, comenta.

*Com informações da repórter Mônica Simões

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