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Ceagesp reabre após estragos causados pela chuva; feirantes sentem impacto

SP - CHUVAS/SP/CEAGESP - GERAL - Permissionários da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na zona oeste da capital, descartam alimentos na manhã desta terça-feira, 11 de fevereiro de 2020, após as fortes chuvas que atingiram a cidade na segunda-feira, 10. A Ceagesp informou hoje que o nível de água no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) baixou desde a noite passada, permitindo que equipes de limpeza e manutenção possam circular entre os boxes para limpar a sujeira causada trazidas pelas águas da enchente do rio Pinheiros. 11/02/2020 - Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO CONTEÚDO

Os feirantes Roberto Xavier da Silva e Paulo Farias Soares respiram aliviados por terem conseguido trabalhar nesta semana. Eles vendem frutas, legumes e verduras em uma feira do Jardim Paulista, em São Paulo, e escaparam dos efeitos da forte chuva que alagou o Ceagesp na última segunda-feira (10).

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Segundo Roberto, a “sorte” da dupla é que a mercadoria das barracas não vem da companhia — mas sim de fazendas e do Mercado Municipal. “Nossos produtos não vem do Ceagesp. Ele vem da roça, direto para o Mercado Municipal. Então nós temos produto para atender o público, não tem problema algum.”

Paulo também comemorou o fato de não ter perdido alimentos, mas lamentou a situação de outros feirantes. “Teve muita gente que foi afetada por trabalhar com o Ceasa. FOram muitos feirantes, mas eu Graças a Deus consegui arrumar mercadoria.”

Na Vila Mariana, Zefa e Orlando da Silva também não foram diretamente afetados pela enchente. Eles explicam, no entanto, que a falta de alguns produtos em outras barracas faz com que eles percam clientes.

“Faltou legumes, frutas. Pela chuva ficou preso no trânsito. Faltou peixe, que não chegou também, não. Quando falta peixe os clientes vão para o mercado.”

Fechado desde o alagamento, o Ceagesp reabriu nesta quarta-feira (12) por volta das 14h. A partir desta quinta-feira (13), a previsão da companhia é que os portões fiquem abertos 24 horas até que o processo de abastecimento de mercadorias se normalize.

A empresa calcula um prejuízo de R$ 24 milhões, sendo R$ 20 milhões perdidos em produtos e R$ 4 milhões em vendas não realizadas. Sete mil toneladas de alimentos foram perdidas.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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