Christino Áureo aponta ‘incoerência da oposição’ na votação da PEC das Bondades

Relator da Proposta de Emenda à Constituição criticou a postura dos parlamentares que criticam a medida mas votaram à favor

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2022 10h32
Cleia Viana/Câmara dos Deputados Deputado Christino Áureo Relator da PEC das Bondades, Christino Áureo, fez comentários sobre a tramitação da proposta na Câmara

Após falha no sistema de internet da Câmara dos Deputados, parlamentares tentam votar nesta quarta-feira, 13, a PEC das Bondades em segundo turno. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o deputado Christino Áureo (PP-RJ), que é relator da PEC criticou a postura dos membros da oposição que criticam a PEC e votaram à favor da proposta: “Tem uma grande incoerência de setores da oposição ao governo porque sabem muito bem que essas medidas têm um alcance para a população que frequenta o noticiário hoje catando osso na porta de açougue e catando comida no lixo”.

“Uma faixa de renda muito vulnerável é essa do Auxílio Brasil, assim como do Vale Gás. Além da compensação, há categorias que tiveram um impacto muito grande no custo como é o caso de caminhoneiros e taxistas… E aí a oposição discursa contra, cria todos esses empecilhos regimentais para atrasar a votação e depois vota a favor porque sabe que não pode ficar mal com a opinião pública. Ora, isso realmente é um papel muito ruim. Devia se assumir que concordam com o mérito e fazer um entendimento e um acordo. O resultado final foi 393 a 14, com o voto da oposição”, justificou.

O deputado também falou sobre o andamento da matéria e a interrupção dos trabalhos durante a primeira votação devido a uma falha nos sistemas internos da Câmara: “Uma votação importante e com reflexos para toda sociedade que o presidente Lira entendeu que seria mais prudente suspender a sessão e retomá-la hoje de manhã corrigindo as falhas e apurando possíveis erros e irregularidades”.

“O importante nesse momento é que possamos manter o foco. Já disse em outra oportunidade que a PEC tá muito madura, é objeto de uma discussão que não começou agora e vem sendo travada principalmente por aqueles parlamentares que já entendiam necessários um conjunto de subsídios focalizados e um conjunto de desonerações de impostos por parte dos estados e mesmo por parte do Governo Federal”, declarou o deputado.

Áureo classificou a PEC como uma “cesta de soluções” e ressaltou que medidas semelhantes tem sido promovidas fora do Brasil: “Vem sendo adotadas por países nos cinco continentes enfrentando a crise dos combustíveis, a crise da inflação de alimentos e os desdobramentos em série de uma pandemia conjugada de uma guerra de grandes proporções”. O parlamentar destacou que as críticas ao alto volume de recursos empregados, em sua opinião, não se justificam.

“Toda essa arrecadação e o entesouramento desses valores seja nos Estados, seja na União, criou as condições para que nós possamos somar o incremento da arrecadação de tributos e os dividendos da Petrobras extra-orçamentários, que não estavam previstos… Age corretamente o Congresso e o Governo ao direcionar estes recursos gerados pelo sacrifício da renda da população em geral”, argumentou.

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