Chuvas aliviam crise hídrica, mas não evitam uso das termelétricas

Geração de energia continua pressionada em 2022; preço da conta de luz não deve diminuir

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2022 08h31 - Atualizado em 31/01/2022 02h55
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NILTON CARDIN/ESTADÃO CONTEÚDO - 05/01/2016 NILTON CARDIN/ESTADÃO CONTEÚDO Chuvas favoreceram reservatórios do Brasil

As chuvas de janeiro favoreceram os reservatórios do Brasil, mas a geração de energia continua pressionada em 2022. O nível das represas vem melhorando, o que afasta a possibilidade de racionamento. No entanto, as termelétricas permanecem funcionando e o preço das contas de luz não deve diminuir. Os reservatórios que em setembro estavam em 18%, agora registram 40%. O meteorologista do IAG da USP Augusto José Pereira alerta para baixos prognósticos de precipitação.  “O prognóstico climático de fevereiro, março, abril, maio e junho indicam chuvas abaixo do normal, especialmente na região de São Paulo. As temperaturas devem se manter próximas do normal para essa época e portanto isso indica que nós precisamos economizar água”, afirma.

José Pereira lembra que a ação do fenômeno La Ninã reduz a chuva no centro-sul do país. Já o professor de gestão de recursos hídricos da Unicamp, Antônio Carlos Uffo, ressalta que nas demais regiões o quadro é outro. “Nós esperamos que no norte e nordeste o nível dos reservatórios estejam mais altos que o normal por causa das chuvas estarem acima da média. No norte brasileiro nós temos uma média dos reservatórios de 86%”, explica. Uffo acrescenta que o La Ninã também provoca o aumento de temperaturas. O professor de engenharia hídrica da USP, José Carlos Mierzwa, destaca que a preocupação é com o centro-sul. “Se não for mantido o nível de precipitação nos próximos meses para que o nível desses reservatórios suba, a condição vai permanecer em atenção”, destaca.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha

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