Ciro Gomes critica governo Lula e volta a falar em aposentadoria das urnas: ‘Meu apetite eleitoral acabou’

Candidato derrotado nas eleições em 2022 e ex-ministro voltou a dizer que seu ciclo eleitoral terminou durante palestra em Fortaleza, na sede da Câmara dos Dirigentes Logistas

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2023 12h55
BRUNO ESCOLASTICO/PHOTOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ciro Gomes Ciro Gomes (PDT) disputou quatro vezes a corrida à presidência da República

O candidato derrotado nas eleições em 2022 e ex-ministro, Ciro Gomes voltou a dizer que seu ciclo eleitoral terminou durante palestra em Fortaleza, capital do Ceará, em uma palestra na sede da Câmara dos Dirigentes Logistas. Após disputar quatro eleições presidenciais, o ex-ministro afirma que a aposentadoria das urnas chegou: “O meu ciclo eleitoral, o meu apetite eleitoral acabou. Eu antes me sentia obrigado a representar uma espécie de corrente de opinião, porque eu tirava 10% ou 12%, agora praticamente me deixaram falando só. Portanto, agora eu falo só por mim, o que me dá uma liberdade muito grande”. Sobre o atual governo, Ciro Gomes não poupou críticas. Para ele, o presidente Lula (PT) não sabe o que fazer com o país: “Nós não sabemos para onde é que o Brasil está indo para nenhum setor (…) Eu estou muito angustiado, porque ou nós encaramos o monstro que nós estamos criando, ou esta democracia estará morta na próxima eleição”.

Ciro ainda debochou do otimismo que tomou conta da equipe de Fernando Haddad com a sinalização de melhora no cenário econômico: “A Standard & Poor’s tirou o Brasil da classificação de risco estável para positiva. Então, há uma euforia imensa (…) Já está todo mundo cometendo rigorosamente o mesmo erro e alienação com que há 30 anos, praticamente, em números redondos, nós brasileiros temos sido enganados enquanto o nosso país está sendo destruído. Acreditem, não há exagero nenhum na minha palavra. O Brasil é um país em processo grave de destruição, as nações também se suicidam”. A política monetária do Banco Central também não ficou de fora das críticas do político cearense.

“Mesmo esse estatuto, dá ao presidente da república o direito e o dever de demitir a direção do Banco Central. Se ela não cumpre as metas, como não cumpre nenhuma vez, é direito e dever do presidente demiti-lo. Agora, eles estão enganando todo mundo como se ele fosse indemissível, não é (…) Sabe o que ele precisa fazer? Uma recomendação do Conselho Monetário Nacional. Eu já presidi o Conselho Monetário Nacional, sabe quem é o Conselho Monetário Nacional? O ministro da Fazenda”, argumentou. Com um total de 3,04% dos votos, Ciro Gomes ficou em quarto lugar nas eleições do ano passado. O ex-governador do Ceará ficou atrás de Lula, Jair Bolsonaro e Simone Tebet no pleito.

*Com informações do repórter Misael Mainetti

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.