Com cenário favorável à aprovação, votação da Previdência na Câmara deve acontecer nesta quarta-feira

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2019 07h40 - Atualizado em 10/07/2019 08h58
Luis Macedo/Câmara dos Deputados Previsão é que sessão desta quarta-feira (10) comece às 9h

Após um longo dia de debates e uma sessão que terminou de madrugada, a Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (10), em plenário, o primeiro turno do texto-base da reforma da Previdência. A audiência está marcada para começar às 9 horas e a expectativa é que a proposta seja aprovada ao longo do dia. Os destaques, que são sugestões de alterações no texto, devem ser apresentados só depois que a votação for concluída.

Apesar de não ter cumprido a meta inicial de votar a reforma em primeiro turno na terça-feira (9), o governo encontrou ambiente favorável no plenário. Nas votações de requerimentos para a retirada da da proposta de pauta e para encerrar a discussão, os governistas obtiveram, respectivamente, 331 e 353 votos. Na votação do mérito da reforma, serão necessários 308 deputados favoráveis.

Com isso, o governo segue confiante na aprovação. O presidente Jair Bolsonaro (PSL), por exemplo, espera a aprovação da reforma nos dois turnos ainda antes das férias de julho dos parlamentares. “Segundo informações de vocês mesmos, o Rodrigo Maia (DEM-RJ) é o nosso general dentro da Câmara agora para aprovar, com toda certeza e antes do recesso, os dois turnos dessa nova Previdência.”

A líder do governo no Congresso Nacional, Joice Hasselmann (PSL), afirma que a oposição não vai conter a maioria. “Para mim, o melhor dos mundos é fazer a obstrução mesmo, a gente vence a obstrução e vota, não tem problema. Porque na verdade o acordo que foi feito era bom para a oposição, era para deixar a oposição até falar mais. Então já que a oposição não quer um acordo, a gente vai vencer a oposição, vamos tratorar e votar. Quem tem voto ganha, e a gente vai ganhar”, declarou.

Ajustes

Ajustes finais ao texto ainda são trabalhados pelo relator e a base governista. Atendendo a um pedido da bancada feminina, o tempo mínimo de contribuição para as mulheres foi reduzido de 20 para 15 anos. Já os agentes de segurança pública, como policiais federais e rodoviários federais, ainda são ponto de interrogação.

Segundo Bolsonaro, porém, eles devem ficar de fora. “Pelo que tudo indica, que chegou ao meu conhecimento é que essas classes voltadas para a segurança pública deverão sair da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e compor uma Lei Complementar tão logo a PEC seja aprovada.”

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, reiterou a posição de Bolsonaro. “Ele tem preocupação, não de agora, de atender aquelas categorias da área de segurança pública com as quais ele tem uma ligação mais afetiva e, mais do que isso, ele conhece com profundidade as vicissitudes que essas categorias sofrem”, disse.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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