Com filiação de Bolsonaro ao PL, Capitão Augusto descarta ‘debandada’ e projeta crescimento: ‘Maior do Brasil’

Parlamentar calcula que a legenda terá mais de 60 deputados federais eleitos em 2022

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2021 06h47 - Atualizado em 22/11/2021 09h06
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Cleia Viana/Câmara dos Deputados Capitão Augusto é o líder da bancada da bala na Câmara dos Deputados Deputado federal detalhou as exigências feitas pelo presidente Jair Bolsonaro para a filiação ao PL

O Partido Liberal estima que deve atingir pelo menos 60 parlamentares na Câmara dos Deputados com a entrada do presidente Jair Bolsonaro na legenda. O cálculo foi divulgado pelo deputado Capitão Augusto, membro do partido, atualmente com 43 nomes na Casa. “É uma estimativa bastante realista. Não é uma previsão otimista, é o que consideramos que é possível atingir. Isso fará do Partido Liberal o maior do Brasil, porque dificilmente qualquer outro partido vai conseguir eleger mais de 60 deputados federais”, afirmou em entrevista à Jovem Pan. O parlamentar detalhou as exigências feitas pelo chefe do Executivo para a filiação. “O que ele quer é um palanque, em cada Estado, de algum candidato das majoritárias, seja governador ou senador, fazendo campanha para ele como presidente. Isso que está sendo ajustado agora.”

“O Estado de São Paulo talvez seja o maior problema, devido ao seu maior colégio eleitoral e devido ao PL ainda fazer parte do governo e caminhava para uma candidatura natural do atual vice, o Rodrigo Garcia. Com a vinda do presidente Bolsonaro, isso tem que ser revisto. O presidente tem toda a razão, ele precisa de alguém que dê o palanque para ele, que trabalhe divulgando o nome dele”, completou. Na visão do parlamentar, o ministro Tarcísio Gomes de Freitas é um bom nome para ser candidato em São Paulo, embora a tendência seja que ele concorra a uma cadeira no Senado Federal. “O trabalho dele como ministro é tão bom que ele pode se dar ao luxo de escolher o Estado que queira sair candidato, que será o favorito. Torço muito para que ele venha como candidato a governador em São Paulo.”

Sobre dissidentes no PL, como o caso do deputado federal Marcelo Ramos, o parlamentar avaliou que os colegas devem continuar na legenda. “Debandada, não. Obviamente que não é possível agradar a todos. O próprio Marcelo Ramos acredito que não vai sair do partido. O partido que possibilitou ele ser eleito deputado federal e já assumir um cargo importante da Câmara, como vice-presidente. O máximo que ele pode fazer, no material de campanha dele, é não querer divulgar a candidatura do presidente Bolsonaro”, concluiu Capitão Augusto, afirmando que o presidente precisa de um partido forte para vencer as eleições de 2022.

*Com informações da repórter Elisângela Almeida

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