Com testes obrigatórios, transportadoras entram na corrida por vacinas contra Covid-19

Argentina e Chile determinaram que caminhoneiros terão de apresentar RT-PCR negativos para entrar no país

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2021 07h36 - Atualizado em 15/04/2021 11h07
EFE/EPA/NARENDRA SHRESTHA/Archivo Frasco de vacina A situação do Brasil, com novas variantes e constante alta de contaminações e óbitos, tem preocupado os países vizinhos

Mais uma categoria se organiza para a compra de vacina contra a Covid-19. Nesta quarta-feira, 15, transportadoras associadas ao Setcesp aprovaram a captação de recursos financeiros para a aquisição de imunizantes. O presidente do Conselho Superior e de Administração do Sindicato, Tayguara Helou, ressaltou a importância da imunização dos trabalhadores. Segundo ele, a atuação do setor privado pode auxiliar o SUS.

“Trazendo essas vacinas e imunizando nossos colaboradores estaríamos protegendo aqueles que efetivamente entregam suprimentos em hospitais, que entregam medicamentos nas farmácias. E estaríamos também tirando da própria fila do SUS muitas pessoas..” Com receio das novas variantes, Argentina e Chile determinaram que caminhoneiros terão de apresentar testes negativos tipo RT-PCR de Covid-19 para entrar no país. A medida, no entanto, preocupa transportadores, que questionam impactos no comércio.

No Chile, as regras começaram a valer no dia 5 de abril. Na Argentina, nesta quarta-feira, dia 14. O Peru também tem exigido exame para entrada no país. No entanto, pode ser apresentado o teste antígeno — mais barato e mais rápido que o PCR, mas com uma sensibilidade menor. O governo brasileiro tem mantido conversas com autoridades desses países para tentar minimizar os custos para os transportadores. A ideia é suspender ou até quem sabe flexibilizar as exigências.

A infectologista Rosana Richtmann explicou que a variante brasileira P1 é transmitida mais facilmente e pode ser mais perigosa. Segundo a especialista, o controle nas fronteiras é importante para minimizar a disseminação. “Se eu sou chefe de Estado de um outro país, eu iria fazer de tudo para evitar que essa variante entrasse no meu país. Nós não tivemos segunda onda porque não conseguimos sair da primeira até hoje.” A situação do Brasil, com novas variantes e constante alta de contaminações e óbitos, tem preocupado os países vizinhos.

*Com informações da repórter Camila Yunes 

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