Comerciantes relatam prejuízos e se reúnem com a Prefeitura de SP para debater obras na Bela Cintra

Reportagem da Jovem Pan News apurou a situação dos empresários, que tem tentado dialogar com o poder público para mediar a situação

  • Por Jovem Pan
  • 14/04/2023 13h29 - Atualizado em 14/04/2023 16h17
Reprodução/Jovem Pan News bela-cintra-interditada-reproducao-jovem-pan-news Trecho da Bela Cintra está interditado desde o dias 10 de abril

Moradores e comerciantes da rua Bela Cinta, no bairro dos Jardins, no centro de São Paulo, vivem dias difíceis por causa de uma grande obra na localidade, que teve início na última segunda-feira, 10, para reestruturação de galerias pluviais. Há diversas máquinas na rua e trabalhadores circulando. A reclamação de quem mora ou trabalha por lá é de que foram avisados de última hora sobre as obras. A previsão é de que a operação tenha um tempo total de seis meses em diversos trechos. Outras diligências tem sido feitas na rua Haddock Lobo e na Dr. Melo Alves, ambas localizadas na região. A reportagem da Jovem Pan News foi apurar os danos que os comerciantes tem alegado sofrer por conta das obras. “Todo esse quadrilátero ficou paralisado. O acesso ficou difícil. Nós somos empresários, temos restaurantes e bares, e estamos sem informação de como vai ser feita essa obra, que deve durar cerca de seis meses pelo o que informaram a gente. O prejuízo com certeza virá”, afirma Mara Santala, dona de um dos restaurantes da rua.

Os comerciantes e moradores da região reivindicam que ao menos uma das faixas da rua fosse liberada para o tráfego de veículos. Contudo, o planejamento da obra interditou a via na direção de quem vai à avenida Paulista. “O que a gente espera ainda é que venha alguém e faça um gerenciamento melhor do tráfego na área para a gente poder pelo menos passar pela rua. O que eu nem sei se vai ser possível, porque uma hora falam que vão interditar totalmente e outra hora falam que vão deixar a passagem de uma faixa”, destacou Mara. O dono de outro restaurante da localidade, Carlos Bettencourt, afirmou que os empresários foram pegos de surpresa com a situação: “Saímos de um pandemia há poucos meses atrás e agora estamos enfrentando uma outra dificuldade, que ao meu ver poderia ter sido muito mais bem ordenada e mais bem planejada. Foi um começo ruim e fomos pegos de surpresa, nós, os moradores e todos os colegas de lojas e outros comércios”.

De acordo com Bettencourt, uma reunião foi realizada entre moradores, empresários, representantes da Prefeitura e do Conselhos Comunitário de Segurança (Conseg) da região para que as reivindicações sejam atendidas: “Nós sentimos que há uma boa vontade dos órgãos envolvidos, a Siurb, a CET e a própria construtora que está fazendo a obra. Há uma boa vontade de todos para que esta obra transcorra o melhor possível, porque ela realmente é emergencial e a situação é grave”.

Em nota enviada à Jovem Pan, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) alega que “afirmações de possível falta de comunicação ou de planejamento não condizem com a realidade da obra”. “A faixa indicativa sobre as interdições foi instalada ainda no dia 6 de abril. Na segunda-feira, 10, houve uma reunião foi realizada com a comunidade local, onde estiveram presentes representantes da Siurb, da empresa contratada, da CET, da subprefeitura e do Conseg (Jardins/Av. Paulista). Na quarta-feira, 12, uma nova reunião foi realizada no local da obra, novamente com os comerciantes, moradores e o pessoal envolvido nas intervenções. Destacamos que todos os condomínios localizados na área de interdição foram visitados e informados sobre a obra, bem como outros sete estabelecimentos comerciais”, afirma o órgão da prefeitura. “Informamos, novamente, que moradores e comerciantes têm acesso livre aos seus imóveis e estabelecimentos 24 horas por dia. Não existem horários pré-estabelecidos. O acesso está permitido também para veículos de aplicativo. Por fim, esclarecemos que o Projeto de Desvio de Tráfego (PDDT) foi aprovado junto à CET, como ocorre em todas as obras executadas pela Siurb com interferências no trânsito. Uma equipe da empresa contratada está instruída para ficar 24 horas por dia no local auxiliando na orientação das interdições. Na próxima semana uma nova reunião será realizada entre a comunidade local e os órgãos envolvidos na obra da Rua Bela Cintra.”

*Com informações do repórter David de Tarso

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