Comércio físico registra queda em julho após duas altas consecutivas

Saques do fundo de garantia e a antecipação do 13º salário esquentaram o cenário econômico nos últimos meses

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2022 06h53 - Atualizado em 17/08/2022 09h37
Tomaz Silva/Agência Brasil Pessoas andam na rua em uma calçada no Rio de Janeiro Comércio tem queda após dois meses de altas consecutivas

As vendas do comércio físico caíram no mês de julho após duas altas consecutivas, com 2,1% em maio e 2,4% em junho. É o que revela uma pesquisa da Serasa Experian. A baixa se deu principalmente pelos setores de tecidos, vestuários, calçados e acessórios, como explica o economista da Se Luiz Rabi. “Esta queda interrompeu dois meses consecutivos de altas, nos meses de maio e junho, já que naqueles meses nós tivemos alguns efeitos positivos sobre o varejo oriundos da antecipação do pagamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas e também dos fatos especiais do fundo de garantia. Julho não contou com esses fatores e, por isso, a atividade varejista acabou recuando”, pontuou. Outros setores menos afetados foram os de móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática. Os combustíveis também não tiveram queda. Porém, na contramão, supermercados, alimentos e bebidas registraram um crescimento de 1,4%, mesmo com os preços altos dos últimos tempos. Os saques do fundo de garantia e a antecipação do 13º salário esquentaram o cenário econômico nos últimos meses, como mostra a pesquisa da Serasa, mas o economista Luiz Rabi avalia que o momento econômico ainda é de muita instabilidade, tanto para empreendedores quanto para consumidores.

*Com informações da repórter Marina Harriz

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