Comércio prevê R$ 11 bilhões em prejuízos com fase vermelha em São Paulo

Na capital paulista, a Fercomercio estima que o prejuízo dos lojistas pode chegar a R$ 6 bilhões em março

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 06h20 - Atualizado em 04/03/2021 10h15
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ROBERTO GARDINALLI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Comércio fecha as portas e adota restrições, após novas determinações sanitárias Comerciantes relatam que movimento no comércio de São Paulo já reduziu significativamente após anúncio do retorno da Fase Vermelha

Vivaldo Ramos da Silva é gerente de uma loja de calçados há seis anos, na região central da capital paulista. Ele conta que logo após o anúncio de que todo Estado de São Paulo regrediu para a Fase Vermelha, o movimento de clientes no comércio caiu imediatamente. “E vai prejudicar muita gente, muito pai que família que quer trabalhar, que quer levar o pão de cada dia para casa. Com o fechamento, não vai ser legal. Os colegas de trabalho estão preocupados com esses 15 dias, deveriam tomar outras medidas, fechar festas clandestinas.” A Fecomercio prevê perdas de R$ 11 bilhões no setor com as novas restrições. Na capital paulista, o prejuízo estimado dos lojistas poderá chegar a R$ 6 bilhões em março. O assessor econômico da federação, Fábio Pina, ressalta que o comércio não é o responsável pelo aumento do número de casos e pleiteia ajuda do governo para que os comerciantes possam enfrentar a crise econômica.

“Medidas para suspensão da folha de pagamento, parcial ou integral, novos incentivos, com maiores prazos ou maior carência, e o auxílio emergencial, sem contar que não se mexa na carga tributária para nenhuma elevação”, disse. Com as novas restrições, todos os serviços considerados não essenciais, deverão fechar as postas. A medida inclui restaurantes de bares. O presidente do Conselho Estadual da Associação Brasileira de Bares e Restaurante de São Paulo, Percival Maricato, disse que apoia as novas medidas restritivas desde que o governo intensifique a fiscalização de eventos clandestinos. “Nós apuramos, estão se multiplicando e que pessoas tentam ligar para a Prefeitura e não estão sendo atendidas. Não adianta mais esse sacrifício se o governo estadual não agir”, disse. A Associação Brasileira de Shoppings informou que os setor já cumpre rígidos protocolos sanitárias, mas vai seguir as determinações. A entidade declarou ainda que está disponível para colaborar com o poder público para pensar medidas alternativas ao fechamento do comércio.

*Com informações da repórter Caterina Achutti 

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