A situação segue incerta quanto à garantia de bolsas de estudo e pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, o CNPq. O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, que afirmou que tem verba para manter os benefícios apenas até sexta-feira (30), voltou a se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e chegou a dizer que implorou pelos recursos.
Nesta quarta-feira (27), durante audiência pública na Câmara dos Deputados, o secretário-executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Julio Francisco Semeghini Neto, destacou as medidas tomadas pela pasta. “Não vamos cortas as bolsas agora. Vamos trabalhar para buscar os R$ 330 milhões que nos faltam. Vamos cumprir o atendimento da bolsa.”
Ele destaca que o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico já está fazendo um sacrifício no próprio orçamento para manter os pagamentos em dia.
Já o presidente do CNPq, João Luiz Filgueiras de Azevedo, defendeu as bolsas oferecidas. “Se não fizermos isso não vai ter solução, não vai ter inovação, não vai ter geração de riquezas.” Azevedo afirma que houve contingenciamento no CNPq, mas que o déficit nas bolsas têm relação com a lei orçamentária anual.
O rombo do órgão é de R$ 330 milhões, valor necessário para o pagamento das bolsas até o fim do ano. A assinatura de novos contratos já foi suspensa.
*Com informações do repórter Matheus Meirelles