A comissão processante, que analisa o processo de impeachment do prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB), começou a ouvir nesta sexta-feira (10) as testemunhas de acusação. Sete pessoas tinham sido arroladas, mas apenas cinco compareceram à Câmara Municipal do Rio. Nenhuma nova denúncia foi apresentada pelos presentes.
Crivella é alvo de processo por ter renovado automaticamente um contrato de publicidade no valor de mais de R$ 400 milhões. Segundo a denúncia que deu origem ao processo de impeachment, a cidade teve um prejuízo de aproximadamente R$ 8 milhões por conta de ilegalidades nesse contrato com empresas de publicidade em pontos de ônibus e relógios de rua.
Segundo o advogado do prefeito, Alberto Sampaio Júnior, os depoimentos desta sexta confirmaram que não houve qualquer tipo de irregularidade na renovação do contrato. “O interesse público sempre esteve em primeiro lugar”, disse.
Já o vereador Paulo Messina (PROS), ex-secretário da Casa Civil de Crivella, acredita que as testemunhas ouvidas vão ajudar. “Independentemente de serem testemunhas de acusação, elas foram todas parte em algum momento na tramitação do processo, então foi muito importante porque a gente pôde ouvir várias mãos por onde passaram o processo”, afirmou ele, referindo-se ao trâmite de renovação do contrato.
O relatório da comissão processante sobre o impeachment de Crivella tem de ficar pronto até 4 de julho, para ser encmainhado ao Plenário da Casa. Para o impeachment ser aprovado, são necessarios dois terços dos 51 votos dos vereadores da Câmara Municipal.
*Com informações do repórter Rodrigo Viga