Consolidação fiscal é a melhor resposta para combater a inflação, defende secretário de Guedes
Adolfo Sachsida reconhece preocupação da equipe econômica, mas projeta bons resultados para a economia brasileira em 2022
O chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, projeta bons resultados para a economia brasileira em 2022. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta quarta-feira, 9, Sachsida reconheceu a preocupação da equipe econômica com a inflação, mas destacou os números positivos. “Em 2018, em um rol dos 50 países com maior PIB do mundo, o Brasil ocupava a posição 40 em termos de resultado fiscal. Em 2021, o nosso resultado foi o segundo melhor do mundo. Então, estamos dando a resposta dentro do campo. Inflação é um problema seríssimo e a melhor maneira de combater a inflação é com política monetária. A nossa política de consolidação fiscal continua. Vamos olhar o resultado fiscal no ano passado, a nossa relação dívida/PIB caiu oito pontos percentuais”, afirmou o secretário, que detalhou os impactos das medidas fiscais a longo prazo.
“Quando os resultados fiscais melhoram, o risco do país melhora. Quando o risco é melhor, o real valoriza, a inflação diminui, os juros diminuem e os empregos aumentam. Consolidação fiscal é a melhor resposta que podemos dar para combater a inflação”, afirmou Adolfo Sachsida. Questionado se uma possível aprovação da PEC dos combustíveis não poderia trazer maiores inseguranças econômicas e prejudicar o Brasil, ele afirmou ter certeza que “em parceria com o governo federal iremos avançar na proposta, mantendo a consolidação fiscal”. Nesta quarta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro. Segundo os dados, a inflação registrou alta de 0,54% ante avanço de 0,73% em dezembro. Para Adolfo Sachsida, a estimativa é de melhora para a economia nos próximos meses.
“Dinheiro está entrando, o fluxo de capital está vindo, vamos avançar na agenda de concessões, temos uma agenda de consolidação fiscal de novo. Em 2021, falaram que a dívida/PIB ia chegar a 100% do PIB, terminou em 81%. No final do ano, vamos mostrar os bons resultados que estamos mostrando hoje. O lado fiscal preocupa, tomamos muito cuidado com isso. Mas a equipe econômica que durante a pandemia manteve seu lado fiscal vai manter agora. Temos apoio do presidente Jair Bolsonaro para avançar no biênio econômico, que é a consolidação fiscal e as reformas.É a política econômica que está dando certo no Brasil”, finalizou.
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