Consórcio Nordeste anuncia acordo para compra da vacina Sputnik V nesta sexta
O contrato dos governadores prevê a compra de 50 milhões de doses do imunizante, sendo 39 milhões delas entregues ainda no mês de março
Os governadores do Nordeste vão assinar nesta sexta-feira, 12, um acordo para a compra de 50 milhões de doses da vacina Sputnik V, de origem russa. O contrato prevê a entrega de 39 milhões de doses ainda no mês de março. Nesta quinta-feira, o Consórcio Nordeste se reuniu com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para garantir que o imunizante faça parte do Plano Nacional de Imunização (PNI). Segundo o governador do Piauí, Wellington Dias, a aquisição é para todo o Brasil. “Está tendo a formalização do contrato vacina para todo o Brasil, vacina nas regras do Plano Nacional de Imunização para todos os municípios do Brasil.”
A negociação da Sputnik V vinha sendo encabeçada pelo governo da Bahia. Em audiência no Senado Federal nesta quinta-feira, o governador do Estado, Rui Costa, falou que o desafio, no momento, é a abertura de novos leitos de terapia intensiva e reforçou a gravidade da nova variante do coronavírus. “Temos 10 mil casos ativos a menos e temos 600 pacientes a mais em UTI. Então isso mostra a gravidade dessa nova variante, o quanto ela é mais agressiva”, disse. Na audiência, após a crise causada pela falta de oxigênio, o governador do Amazonas, Wilson Lima, voltou a defender as medidas restritivas. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que o momento é de união dos setores público e privado em torno da vacina. O parlamentar afirmou também que os culpados pela má gestão na pandemia serão punidos, mas rebateu a possibilidade de referendar a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Casa.
Em pronunciamento também nesta quinta-feira, Eduardo Pazuello falou sobre o andamento da vacinação no país. “O Brasil já ocupa o quinto lugar mundial em doses aplicadas e até o meio do ano vacinaremos a metade da população brasileira vacinável. A vacinação de todos não só salvará mais vidas, como também terá papel crucial para evitar o agravamento da crise econômica e social”, afirmou. O ministro da Saúde disse ainda que o sistema de saúde está pressionado, mas não está colapsando. “O nosso sistema de saúde está muito impactado, mas não colapsou e não vai colapsar. Estamos, de forma integral com governadores, prefeitos e todo o sistema privado de saúde, concentrando todos os esforços neste enfrentamento, com o objetivo único de salvar ainda mais vidas”, disse. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) emitiu um boletim, nesta quinta-feira, afirmando que o país vive a pior fase da pandemia e registra 10% das mortes de todo o mundo. Nas últimas 24 horas, foram mais de 2 mil mortes pela Covid-19, chegando a 272.889 falecimentos pela doença no país. O total de infectados ultrapassado os 11,2 milhões de casos.
*Com informações da repórter Camila Yunes
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