Consumo aumenta, mas fica abaixo da expectativa dos supermercados, diz associação

Levantamento da Abras detectou crescimento de 2,08%, mas era esperado 2,8% para o período; alta inflação tem impactado o poder de compra do brasileiro

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2022 06h42 - Atualizado em 15/07/2022 11h50
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Edilson Rodrigues/Agência Senado Gôndola de leite em supermercado Itens da cesta básica que mais tiveram aumento foram feijão, de 28,46%; óleo de soja, pouco mais de 28%; litro de leite, 22,57%; farinha de trigo, 21%

O consumo dos lares brasileiros cresceu 2,02% de janeiro até o mês de maio. É o que aponta o levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No entanto, a expectativa do setor era um pouco maior, como explica o presidente da entidade, Marcio Milan. “Nós tínhamos uma expectativa um pouco maior. Os nossos objetivos e o nosso planejamento, ele contempla um crescimento no ano de 2022 de 2,8%, mas o mês de maio foi impactado pelo mês de abril”, comenta. O mês de maio registrou uma queda de 3,47% em comparação a abril, isso porque, em decorrência da Páscoa, o mês de abril teve uma alta no consumo. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o consumo teve uma leve alta de 0,39%, no entanto a alta inflação impactou e tem impactado o poder de compra do brasileiro.

Para Milan, o Auxílio Emergencial é o que tem ajudado a população a conseguir equilibrar as contas. “Muito atrelado ao Auxílio Brasil, que agora tem a previsibilidade, e os 17 milhões de consumidores que recebe isso mensalmente, eles tem a certeza que vão receber e conseguem se planejar para manter esse consumo”, diz. O presidente da Abras destaca também que boa parte da população teve que readaptar o consumo, fazendo trocas por produtos mais baratos, como tem acontecido com o consumo de carne, por exemplo. Com o aumento do preço da carne vermelha, muitos têm tentado encontrar outras fontes de proteínas, como ovos, carne de frango e também de porco, que são mais baratas.

De janeiro a maio, os itens da cesta básica que mais tiveram aumento foram feijão, com crescimento de 28,46%; óleo de soja, que também cresceu um pouco mais de 28%; o litro do leite, que aumentou 22,57%; farinha de trigo, que aumentou 21% no bolso do brasileiro. O presidente da Abras acredita ainda que a redução do ICMS sobre os combustíveis deve ter um impacto positivo no consumo dos lares brasileiros.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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