Contra reeleição do presidente, protesto em Belarus é marcado por prisões e repressão policial
Neste domingo, mais de dez profissionais da imprensa, inclusive representantes da mídia russa, também foram detidos
Antes do início de um protesto contra o presidente da Bielorússia, Alexander Lukashenko, dezenas de manifestantes foram presos na capital Minsk. O país do leste europeu registra manifestações semanais, desde agosto, que denunciam fraude eleitoral na corrida que reelegeu Lukashenko, que está à frente do governo desde 1994. Neste domingo, mais de dez profissionais da imprensa, inclusive representantes da mídia russa, também foram detidos. Nos vídeos divulgados pelo canal de mídia independente tut.by, os agentes policiais são vistos prendendo brutalmente alguns manifestantes, presentes em grande número para esta nova mobilização social.
De acordo com a ONG Viasna, 39 pessoas foram presas. No entanto, apesar da repressão policial, a manifestação semanal teve início, reunindo pelo menos 10 mil pessoas, segundo um jornalista da Agência France Press presente no local. No último sábado, Lukashenko se reuniu com diversos opositores presos. O encontro foi realizado na prisão dos serviços especiais, a KGB. Segundo o presidente da Bielorússia, o objetivo da reunião foi discutir as mudanças que ele planeja para a Constituição do país. O local da reunião foi o mesmo escolhido para as manifestações deste domingo. De acordo com o grupo que organiza o movimento, a escolha do presídio da KGB e do Ministério de Interior para receber as manifestações foi para que cada preso político possa ouvir o povo.
*Com informações do repórter Renato Barcellos
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