Coronavírus avança na África e países ampliam restrições
Serra Leoa e Burundi registraram os primeiros contaminados e Tanzânia e Mauritânia confirmaram mortes pela doença. A presença do coronavírus em um continente com países pobres e sistema de saúde debilitado, como a África, preocupa especialistas.
A maior parte dos governantes já havia anunciado medidas de isolamento, mas diante do avanço, as regras foram reforçadas. A África do Sul, que concentra o maior número de infectados pelo novo vírus, colocou 3 mil soldados nas ruas para garantir o cumprimento da quarentena. A meta do governo é fazer testes nos 57 milhões de cidadãos.
O clima ficou tenso nas ruas do Quênia, onde muitas pessoas dependem do mercado informal para ter algum tipo de renda. A polícia prendeu pessoas que desobedeceram as regras da quarentena, mas não informou números.
A brasileira Marina Pedroso está em Mombaça, cidade no litoral queniano, há mais de um mês, quando se viu obrigada a interromper uma viagem de volta ao mundo. Ela elogiou a ação rápida do governo local, mas relatou preocupações entre a população.
As principais cidades da Nigéria e Uganda começaram uma quarentena de duas semanas nesta terça. Angola, Sudão do Sul, Zimbabwe e Ilhas Maurício endureceram as regras de isolamento e a Botsuana declarou Estado de Emergência.
O governo do Egito impôs medidas severas de distanciamento social, com multa e prisão para quem desobedecer. O país tem intensificado ações de limpeza em todos os sites arqueológicos e atrações turísticas.
A pirâmide de Gizé, uma das sete maravilhas do mundo antigo, refletiu uma mensagem de agradecimento aos profissionais da saúde e deu o recado: fique em casa.
*Com informações da repórter Nanny Cox
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