Coronel da reserva avalia ação da PM como positiva e diz que bagunça era ‘previsível’
O ex-secretário Nacional de Segurança Pública, José Vicente da Silva Filho, acredita que a ação da Polícia Militar nas manifestações que aconteceram no último domingo foi correta. Ele também é coronel da reserva da PM do Estado de São Paulo.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, José Vicente disse que o caso era “bastante previsível” porque a havia uma desproporção muito grande entre os dois grupos: o lado pró-Bolsonaro, o ato reuniu cerca de 200 manifestantes. Do lado oposto, eram aproximadamente 800. A PM se colocou como barreira entre os dois agrupamentos.
“As torcidas de futebol fizeram correria para frente da Fiesp e a Polícia teve que fazer contenção antes que ocorresse uma batalha campal. A gente não tem histórico de causa social desses grupos, é sempre intolerância e violência. Eles tiveram que partir pra cima no momento em que agrediram os policiais com pedras e garrafas.”
Porém, de acordo com o ex-secretário, a Polícia Militar de SP “está acostumada” com essas ações — ao contrário dos EUA. “Em 2013, apenas na zona central, eram três manifestações por dia. Esse trabalho costuma ser bem feito pela PM, tanto que só houve presos e não tiveram feridos. Nos Estados Unidos a polícia tem dificuldade de lidar com multidões, não dá conta.”
De acordo com o coronel da reserva, a PM de São Paulo é uma das mais bem treinadas do mundo e não pode ser acusada de apoiar algum dos lados da manifestação. Para ele, a entidade é muito profissional para isso.
Da parte da imprensa, José Vicente espera “que haja isenção na análise tanto para exceções quanto para acertos”. “Quando a mídia dá o tom correto, é neutra, e alguns veículos se conduzem melhor neste aspecto, a imprensa tem a condição de informar a população. A imprensa é importante até para educar quanto ao comportamento das pessoas. A mídia tem um papel muito importante de cobrir da forma adequada, sem influências ideológicas.”
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.