Profissionais de saúde fizeram um ato em Brasília para reclama da falta de condições de trabalho em plena pandemia Eles pediam redução das jornadas, que chegam a 60 horas em alguns casos.
Médica residente em um hospital público, Larissa Alencar fala que está há 50 dias com o salário atrasado. Tem residentes em diversos lugares do Brasil, no meio da pandemia, sem receber salário.”
Segundo o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, a situação não só em Brasília, mas todo Centro-Oeste, Sudeste e Sul preocupa o governo.
“O Sudeste e o Sul do país, Centro-Oeste, daquela linha imaginária para baixo, é o tempo de ser preparar. A preparação é em todos os níveis. Hora de acumular meios, estruturar UTI, habilitar esses leitos. Rezamos para que o impacto seja menor.”
Pazuello participou ontem de uma reunião com os secretários estaduais, municipais e representantes da OPAS. O avanço rápido da doença pelo pais dominou a discussão.
Dados do Ministério da Saúde mostram que o coronavírus já está presente em 62% dos municípios. Duas a cada 10 cidades registram pelo menos uma morte pela doença.
O ministro interino, Eduardo Pazuello, disse que o ritmo de contágio está perdendo força em grandes cidades do Norte e Nordeste — mas o interior dessas regiões preocupa.
Na reunião com Pazuello, o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Alberto Beltrame, cobrou mais clareza do governo sobre a crise. Tema constante nas manifestações do presidente Jair Bolsonaro, Beltrame afirmou também que não vê contradição entre saúde e economia.
*Com informações da repórter Camila Yunes e Vinícius Lima