CPI da Alesp pede quebra de sigilo de instituto responsável por hospital de campanha do Anhembi
Deputados querem apurar possíveis desvios no contrato entre o Iabas e a prefeitura de SP neste período de pandemia
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa de São Paulo, que investiga irregularidades nos contratos do governo estadual com empresas terceirizadas, aprovou a quebra dos sigilos bancário e fiscal da Organização Social Iabas, que gerencia parte do hospital de campanha do Anhembi. O requerimento foi apresentado pelo deputado Edmir Chedid, com base no depoimento do presidente do Iabas, Claudio Alves França, à CPI, na semana passada. Os deputados querem apurar possíveis desvios no contrato entre a instituição e a prefeitura da capital neste período de pandemia. Chedid afirmou que a organização deve liberar o acesso à remuneração de todos os funcionários: “Ofício de número 54, o presidente do Iabas solicitando diversas informações, entre elas a atuação composição da diretoria e do conselho do Iabas, remuneração dos dirigentes e relação dos profissionais deslocados pelo Iabas de outras unidades para o hospital de Campanha, relação de equipamentos e a destinação dada após o encerramento das atividades.”
Em nota, o Iabas informou que as informações solicitadas serão fornecidas no menor tempo possível. A organização afirmou ainda que as contas bancárias vinculadas aos contratos de gestão com a Prefeitura de São Paulo têm os extratos publicados na prestação de contas do instituto, nos prazos conforme a lei, bem como entregues na periodicidade exigida pela prefeitura. O Iabas também está no centro de um suposto caso de corrupção envolvendo contratos com a prefeitura do RJ, sendo o MP-RJ, o órgão recebeu entre 2009 e 2019, mais de 4 bilhões de reais em recursos do Estados – parte desta quantia teria sido desviada, algo que o Iabas nega.
*Com informações do repórter Leonardo Martins.
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