Custo de vida na Grande São Paulo fecha 2022 com alta de 6,3%, diz pesquisa

Levantamento da Fecomercio apontou que o aumento da demanda, causado pela retomada das atividades, contribuiu para crescimento dos preços

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2023 07h36 - Atualizado em 26/01/2023 13h11
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aleksandarlittlewolf/Freepik Mulher no supermercado lendo valores nutricionais de um produto na prateleira Alta no preço dos alimentos forçou famílias a reorganizarem as compras para reduzir custos

Os segmentos de vestuário e saúde contribuíram para que o ano de 2022 fechasse com alta de 6,3% no custo de vida na Grande São Paulo. O cenário pressionou a inflação, ainda que em menor nível, reduzindo o poder de compra das famílias. O dado é do levantamento mensal Custo de Vida por Classe Social, elaborado pela Federação do Comércio de Bens e Turismo de São Paulo. O assessor econômico da Fecomercio Guilherme Dietze explica que o disparo de preços de insumos como algodão e poliéster impactou na área do vestuário. Além disso, o aumento da demanda, provocado pela retomada das atividades do dia a dia em 2022, também contribuiu para a alta dos preços. “Esse aumento da inflação, seja em 2021 e 2022, foi uma combinação de fatores. O aumento de custo da oferta, por problemas logísticos de cadeia global e, ao mesmo tempo, a recuperação da demanda, com mais gente comprando, o que pressiona os preços na ponta, como foi o caso de vestuário, que subiu 16% em 2022”, analisa Dietze.

Entre os itens que mais encareceram estão os vestidos (41,67%), calças femininas (28,5%) e calças infantis (24,38%). No segmento da saúde, os medicamentos, produtos de higiene e beleza pesaram mais para o consumidor. Pelo quarto ano seguido, o grupo de alimentos e bebidas registrou elevação, sendo o que mais pesa no orçamento das famílias na região metropolitana, segundo a Fecomercio. Houve aumento superior a 10%, o que sobrecarregou, especialmente, as famílias de baixa renda. “Eu costumo fazer assim: pego algumas coisas e mudo a marca, procuro as promoções para tentar manter aquelas coisas que a gente gosta, elimino algumas”, diz a vendedora Tânia Teixeira. Dietze, da Fecomercio, ressalta que a alta não foi generalizada, mas atingiu vários grupos, como hortaliças, verduras, frutas, pescados e carnes. “Foi um ano muito difícil para o consumidor, porque não houve aquele efeito substituição, porque todos os itens foram subindo”, continuou. Para 2023, a Fecomercio espera uma queda no custo de vida para quem vive em São Paulo, ressaltando que deve haver “um equilíbrio melhor” em decorrência das questões pontuais.

Confira reportagem na íntegra:

*Com informações da repórter Soraya Lauand

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