Defesa Civil indica que motoristas que pretendem sair do litoral norte devem viajar durante o dia
Segundo Roberto Farina, as rodovia dos Tamoios e Mogi-Bertioga são pontos com possibilidade de tráfego neste momento
O tenente da Defesa Civil de São Paulo, Roberto Farina, concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 20, para falar sobre a situação do litoral norte do Estado após as fortes chuvas que abateram a região, provocando deslizamentos e enchentes. Ao menos 36 pessoas morreram na tragédia, sendo 35 no município de São Sebastião e uma em Ubatuba. O governador Tarcísio de Freitas classificou a situação como “muito crítica” e declarou calamidade pública em seis municípios da região. Segundo o tenente, motoristas que pretendem sair do litoral norte devem viajar durante o dia, evitando chuvas previstas ao longo do dia e também riscos pela falta de iluminação à noite. Ele ainda sinalizou que opções de rota de trânsito que há no momento são as rodovia dos Tamoios e Mogi-Bertioga. “Pedimos que as pessoas tenham tranquilidade, que fiquem calmas, pois estamos trabalhando para desobstruir todas as rodovias, através das secretarias de transporte, junto com as concessionárias. A rodovia dos Tamoios está liberada e a rodovia Mogi-Bertioga está parcialmente liberada. Então, o que nós orientamos é que as pessoas se programem para subir com calma e tranquilidade e que observem os sites das concessionárias antes de sair. É importante sair no período do dia para não pegar a estrada à noite ou em momentos em que podem ocorrer chuvas fortes. Temos previsão de acumulados de 25 milímetros, então vai diminuir um pouco a chuva pela nossa previsão, fazendo com que tenha garoas intermitentes nesses locais”, disse Farina.
O tenente da Defesa Civil informou ainda que há quase 600 homens trabalhando em buscas e resgates na região, além de atuarem para prever novas mortes em locais de encostas sob risco de deslizamentos. “Temos mais de 590 pessoas envolvidas nisso. São agentes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, peritos, policiais civis, do Exército, voluntários da região”, disse. “Diversos locais de encosta que podem gerar deslizamentos ainda são monitorados pela Defesa Civil. Nós temos todos os 177 municípios que fazem parte do nosso plano preventivo da operação de chuvas de verão da Defesa Civil sendo monitorados. A partir dos deslizamentos, que provocaram isolamento das pessoas nos municípios atingidos, o que dificultou a comunicação, em um cenário que chamamos de guerra, nós passamos a atuar em parceria com secretarias de governo. O que nós temos é que o acumulado que ocorreu neste domingo superou duas vezes a média histórica do que nós tínhamos previsto. Estamos com força mais forte em São Sebastião, que foi o município mais atingido, mas os outros municípios estão sendo monitorados. Nós temos as coordenadorias municipais em loco, passando informações de tempos em tempos para o gabinete de crise, para que nós possamos antecipar qualquer informação ou qualquer alerta, para evitar que novos deslizamentos peguem de surpresa as pessoas que estão em locais de risco”, explicou.
Questionado sobre o funcionamento do estado de calamidade pública decretado pelo governador, o tenente explicou que o mecanismo ajuda a implementar ações de forma mais rápida e eficiente. “Isso faz com que a crise seja vista de forma complexa, que os meios logísticos sejam geridos de forma mais eficiente e por em prática. O estado de calamidade proporciona um gerenciamento mais prático, mais rápido e eficiente para ajudar as prefeituras, principalmente de São Sebastião. O governador, através das secretarias de governo, disponibilizou R$ 7 milhões, por causa da decretação do estado de calamidade pública, para apoiar esses municípios. Isso vai ajudar a recompor locais, estradas, vias, para que nós possamos atender melhor essas pessoas”.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.